quarta-feira, 28 de julho de 2010

Foucault e o amor

Acredito que o amor seja um sentimento forte e sendo piegas afirmo que tudo o que acontece em nossas vidas tem um lado positivo. Mesmo nos envolvendo em situações em que nos magoamos e machucamos, só quando somos colocados a prova, temos a verdadeira ciência de que o que temos e/ou sentimos é verdadeiro.



Michel Foucault, no livro "Em Defesa da Sociedade", aborda o direito à vida o qual é cedido ao Soberano e esse direito se efetiva pelo fato de o Soberano também ter direito à morte do seus súditos, ou seja, é por poder matá-los que o Soberano dá-lhes o direito de viver.


Traduzindo para a questão da nossa vida afetiva, só sabemos se amamos alguém de verdade se essa pessoa nos dá motivos para não amá-la e mesmo assim continuamos amando-a.


Como saber o gosto da felicidade se não conhecemos a tristeza? É exatamente por esse motivo que a vida é cíclica, que não vivemos uma situação plena e estamos em constantes transformações, caso contrário, seriamos apáticos, mesmo com cenários pertinentes a felicidade ou não.


Quando uma pessoa diz “eu sou feliz”, em certo momento de sua vida ela soube o que é ser infeliz, a felicidade não existe sem a infelicidade, caso contrário seria apatia, monotonia.


Amamos porque também podemos odiar, sorrimos porque também podemos chorar e acolhemos porque também podemos rejeitar. Não estou querendo dizer que temos domínio por nossas escolhas, pelo contrário, quase sempre somos inerentes a elas.


Não escolhemos quem amamos, para quem sorrimos e quem acolhemos, tais ações são subjetivas e às vezes com motivos de produzirmos sentimentos que fazem oposição aos expostos. Em suma: não conseguimos dominar o coração.

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