terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lua vermelha em Capricórnio

"Tudo bem, eu não ligo, eu topo todas, mas cuidado, meu bem, por que a minha maré tá cheia e a sua vai subir também. Quinhentos graus de febre e a maré só faz encher. Quer saber, cola em mim, mas cuidado meu bem, porque a lua tá cheia e a minha maré também."

(Marina Lima)

Eu sou de Capricórnio com ascendente em Touro. Tenho as (ditas) principais características de cada um dos dois signos. Capricorniano, sou ambicioso e disciplinado. Prático, prudente, paciente e é até cauteloso quando preciso. Tenho bom senso de humor e sou reservado. Com ascendente em Touro tenho uma forte personalidade. Sou teimoso e de idéias fixas e sou materialista. Sou muito sociável, mas discreto. Gosto de sair e estar com os amigos, mesmo quando estou sem sentido de humor, o que pode me tornar rude. Mas este temperamento deve-se à minha natural timidez.



No entanto, esqueça essa conversa que o capricorniano não gosta de elogios e que é tímido, principalmente em relação a mim. Eu costumo impressionar muito mais pela minha presença elegante e pela forma com que tento parecer discreto. Tudo jogo de cena. Adora me exibir parecendo que estou agindo normalmente. Sou igual ao pavão que caminha um pouco e abre as plumagens como se fosse a coisa mais natural.


Por que disse tudo isso? Bem, não sei se os astrólogos conhecem essa condição astral, mas o fato é que eu estou me sentindo com a Lua Vermelha em Capricórnio, ou seja, estou para o crime, para o clima de paixão, para a esfera da sedução. Vermelho, quente, ardente, fogo!


Nunca me senti tão fullgás quanto agora. Tenho sentido sensações que nunca havia experimentado com tanto fervor quanto agora e mesmo dando vazão a todas elas, a vontade de sentir mais só aumenta. Tenho reencontrado pessoas interessantes que havia deixado passar e que apesar dos (meus) tropeços do início disseram que tinham boas recordações de mim e que gostariam de revivê-las.


Eu tenho me sentido mais eu. Mais confiante, seguro, menos tímido. Faz tudo com mais profundidade, não tenho mais urgências juvenis, cultivo a mestria de quem sabe o que e como quer. E percebo que as pessoas também têm notado isso. Meus olhos e gestos estão mais libidinosos. Gente que mal me via agora me chama. É um mundo tão novo e tudo que eu quero é todo esse mistério.


Como eu disse em “Belo estranho dia para se ter alegria”, estou me libertando de certas amarras, alguns pudores, preconceitos, receios e encarando mais o mundo de peito aberto, cara limpa. E acho que definitivamente o universo conspira a nosso favor quando agimos assim.

"Eu não consigo me controlar. Tenho um demônio na carne, no corpo. Sonho acordada na escuridão da minha cela; utilizo os dedos pra provocar sensações proibidas. Eu não sei explicar como isso acontece. Eu sinto um formigamento percorrer o meu corpo e algo se desprende, e caminha em direção a não sei."

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