segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Madonna's B'day

Madonna. Só ao pronunciar esta palavra eu me sinto ainda mais poderoso. Mesmo como narrador essa palavra mexe com meu ego de forma inexplicável. Foi mal, Angie Jolie, Catherine, a Grande; Madonna é a mulher mais poderosa que já andou sobre a face da terra. E hoje ela completa 52 anos cheia de vitalidade e talento para oferecer à sua legião de fãs mundo afora.


Ela (re)definiu muitos dos conceitos que temos hoje sobre cultura pop e todas que vieram após ela fizeram apenas mais do mesmo. O seu legado transcende a sua música. Madonna, por meio das suas canções, compostas por si ou não, ensinou preciosas lições às mulheres e conseqüentemente a todos os grupos sociais segregados, como os gays, por exemplo. Suas músicas falam sobre poder, liberdade, independência, força, igualdade, inclusão.



Porque sim, Madonna não é só showbizz: desde a década de 1980 ela vem dizendo que mulheres são capazes de qualquer coisa, sim. E o mais importante é que toda a mensagem de Madge nada tem a ver com feminismo. Pelo contrário, é de poder. Mulheres podem aquilo que quiserem. Não há nada de errado em ser a figura sexual, nem a figura materna. Como não há problema em ser ambas, se assim quiserem.


Muito mais que a música, Madonna usou de ideologias que deixaram de se repetir. Falou metaforicamente sobre o sexo antes do casamento em "Like a virgin", deu espaço à cultura latina com "La isla bonita", causou polêmica ao se envolver com um garoto mais jovem ao dar o polêmico selinho no clipe de "Open your heart", falou da liberdade sexual feminina em "Express yourself", criticou a igreja católica em "Like a prayer", fez confissões ao mundo com a bela "Oh father", apresentou ao mundo uma cultura nova, a dança "voguing" com o clipe de "Vogue", lutou contra o puritanismo norte americano criando a era “Erotica”, abriu espaço para a cultura marginalizada dos subúrbios norte-americanos em "Secret", foi experimental e esotérica no álbum “Ray of light”, criticou o governo político norte-americano em um dos momentos mais tensos dos EUA em “American life” e se jogou nas pistas de dança européias com o “Confessions on a dance floor”.



Madonna está muito além das batidas pop que se ouve em seus álbuns (que, aliás, foram mote perfeito para artistas como Kylie Minogue, e cópias como Britney Spears e por que não citar também Lady Gaga, formarem seu conhecimento musical).
Madonna também já tratou do excesso da mídia mundial com o clipe de "Drowned World/ Substitute for Love". Madonna usava do mercado para dar vazão às suas idéias, tornando-se assim um produto a ser consumido por aqueles que procuravam algo para dançar e por aqueles que procuravam com o que refletir.


Madonna lança álbuns que procuram ser distintos do anterior, sempre com uma nova temática e com sucessos diferentes, com novas abordagens, por isso ela está sempre no topo, porque sabe se reinventar, sendo sempre atual, estando sempre no mesmo ritmo que o mundo, mesmo quando está à frente dele. Mesmo que os áureos tempos já tenham passado, alguém já viu um show de Madonna em um estádio não lotar?


Madonna tem tanta consciência de si e de seu trabalho que ironizou a si mesmo em “Human nature” ao falar das críticas que lhe faziam à época. Tudo sempre com muito pop, sucesso e arte, inclusive, lançando moda (cabelos, roupas, cor de cabelo e por aí a dentro - como na polêmica turnê Blond Ambition Tour).


Hoje, completando 52 anos, Madonna continua mostrando que ainda tem muito o que dizer, colocando o Malawi no mapa ao adotar uma criança do país africano, construindo escolas e instituições.


Mil vivas à loura-mor da música internacional. Mil salves à rainha do pop. Vida longa à messalina azteca. Feliz aniversário, MADONNA.

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