Há tanta gente jogando
contra o movimento LGBT no Brasil, se aproveitando de “líderes” do
movimento que usam nossas demandas para favorecimento pessoal, usando os erros
deles para criminalizar todo o ativismo, ou que simplesmente inventa mentira
por cima de mentira para enfraquecer nossa luta e convencer a opinião pública
que realmente estamos querendo implantar uma ditadura gay no país. Assim, têm
dias que parece que nada pior pode acontecer, até que nos surpreendemos do
contrário.

Coincidência, em 2011, o UOL foi ameaçado com um B.O. feito pelo
pastor-deputado Marco Feliciano que pedia a retirada da página do ar, alegando
atentado ao pudor.



Ao que parece, os
fundamentalistas teocratas, que tanto se armam contra o PLC 122, por exemplo,
alegando que ele tolhe a liberdade de expressão dos grupos religiosos
brasileiros, defendem um direito de via única, que parte deles para eles.
Esse episódio nos mostra que
temos que estar alertas. Eles não vão desistir enquanto não voltarmos para os
guetos nos quais vivíamos até aos anos 1970. Decerto já perceberam que ganhamos
as ruas, praças, parques, repartições e todos os espaços públicos e que não
pretendemos sair deles porque também temos e queremos o direito de usá-los
livremente.


Temos que votar, pagar impostos, cumprir as leis, mas
ficarmos caladinhos no interior dos dark rooms. Igualmente pior e preocupante é
perceber que existem pessoas, organizações, instituições, entidades e empresas
que cedem à mesquinhez das suas pressões.