segunda-feira, 21 de março de 2011

Conduta de travestis e transexuais que trabalham à noite em São Luís é tema de discussão

Com o objetivo de analisar e discutir a conduta e o comportamento dos transexuais e travestis que trabalham à noite em ruas e avenidas de São Luís, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), promoveu uma reunião entre os supervisores dos centros integrados de Defesa Social (Cids) e representantes da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trangêneros) de São Luís. O encontro ocorreu na segunda-feira (21).

No encontro, foram tratadas a formulação de ações educativas a serem desenvolvidas pelos vários segmentos e que visem um saudável convívio social. “Planejamos essa reunião após a polícia receber uma série de reclamações de pessoas que trafegavam em ruas de São Luís. Segundo as reclamações, algumas profissionais estavam expondo partes íntimas. Todos precisam entender que as ruas da capital são locais públicos e que devem ser utilizados de forma correta”, explicou o delegado Sebastião Uchoa, superintendente de PCC.

Ainda segundo o delegado, a pessoa pode ser presa por atentado ao pudor. De acordo com o superintendente, o bairro da Forquilha e as Avenidas São Luís Rei de França e Guajajaras são os locais mais citados nas denúncias.

Durante a reunião, os delegados solicitaram aos representantes dos grupos LGBT’s que atuam no estado um relatório com o quantitativo de profissionais que trabalham à noite em São Luís. Os coordenadores dos grupos informaram que, no momento, têm apenas um mapeamento sobre os principais pontos onde estes profissionais se concentram.

Entre as medidas a serem adotadas, será planejada uma ação informativa voltada para os profissionais. No trabalho, os representantes do Grupo Lilás irão a campo para conscientizar sobre a não exposição do corpo. “Já nesta semana realizaremos uma visita in loco nos pontos onde existem essas profissionais. Queremos conscientizar cada uma para o fato de que ao expor o corpo, ela também se expondo moralmente, colocando em risco sua própria vida, pois esse comportamento pode aumentar os crimes de homofobia”, ressaltou Babalu Rosa, coordenadora do Grupo Lilás.

Ficou acordado, ainda, que no próximo dia 5 de abril acontecerá uma nova reunião para avaliar o resultado após as primeiras semanas de trabalho educativo. Será definida posteriormente uma data na qual a polícia irá acompanhar os trabalhos da coordenação dos grupos, verificando se houve uma mudança de atitude nestes pontos.

Paralela às ações de conscientização, a coordenação dos grupos promoverá reuniões periódicas com as profissionais também a fim de levar a importância da valorização moral.

Fonte: http://www.ma.gov.br/agencia/

Comentário do blogayro:
Eu sei que isso pode ser enquadrado como atentado ao pudor e a lei deve ser aplicada a TODOS que a descumprirem. Não discutirei esse ponto. Agora quem é que tá denunciando? Porque o trabalho noturnos das Ts começa depois das 21h, em geral. Isso nao é hora de "gente de bem" está na rua. E as ruas do Centro já estão vazias esse horário. A Forquilha, sim, tem muito movimento de pessoas até muito tarde. E por que não "disciplinar a conduta" das putas héteros também? Enfim...

1 comentários:

Bonter disse...

Achei interessante a postura do estado, procurando dialogar e resolver sem cadeia.
Acredito que a exposição argumente em favor de pastores e padres que criticam os homoafetivos de maneira geral.

Parabéns ao grupo GLBT no engajamento.
Tomara que a proposta funcione!

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