sábado, 31 de julho de 2010

Alemanha recebe a 8ª edição dos Jogos Gays

Colônia, na Alemanha, será, deste sábado (31.07) até o próximo sábado (07.08), sede de uma das competições mais democráticas de todo o planeta.


Com o intuito de unir os povos e diminuir o preconceito contra homossexuais, os Jogos Gays – competição amadora – chegam à sua oitava edição com um recorde de participantes. Serão 9.475 atletas, de 65 países, inclusive o Brasil, competindo em 35 esportes, que vão do futebol à sinuca.



Porém, diferentemente do que o nome indica, não são apenas gays, lésbicas ou transexuais que podem competir. Apesar de representarem mais de 80% dos inscritos, ainda há espaço para heterossexuais. E a diversidade desejada pela Federação de Jogos Gays não para por aí. Não há limitação de idade nem restrição à participação de pessoas portadoras do vírus HIV.


A única medida rígida tomada pelos organizadores tem um objetivo: coibir a utilização de substâncias dopantes. Por isso, durante a competição, serão realizados testes surpresas, em conjunto com a Agência Mundial Antidoping (Wada). Será a primeira vez em oito edições que isso acontecerá.


“Nosso objetivo é mostrar aos participantes que todos podem ir bem apenas com suas habilidades. Isso ajuda a transmitir a mensagem do gay saudável, um praticante normal do esporte”, explica Emy Ritt, co-presidente da Federação Gay.


A preocupação com a tolerância ao próximo e o respeito são tão grandes que durante os oito dias de competição ocorrerão diversas campanhas em Colônia. Elas serão voltadas à educação sexual, saúde pública e direitos humanos. Tudo isso com apoio do governo local.


“Em muitos países é difícil para o gay ter uma vida normal, livre de preconceitos. Por isso, a educação é importante”, explica Ritt.


Além, claro, das atividades esportivas, os Jogos Gays contam com shows musicais, espetáculos de dança e outras apresentações artísticas.

A missão dos que participam do evento é manter vivo o lema adotado em 1982 pelo criador dos Jogos, o homossexual e ex-atleta olímpico americano Tom Wadell: “Participação, inclusão e realização pessoal”.

Brasil - A delegação brasileira em Colônia contará com 21 atletas, em quatro diferentes esportes: atletismo, badminton, natação e vôlei. Todos tiveram os gastos das passagens financiados pelo Ministério do Esporte, mas terão de usar recursos do próprio bolso para arcar com hospedagem e alimentação.


Segundo Érico Santos, presidente do Comitê Desportivo GLS Brasileiro, o preconceito contra os homossexuais é o que mais dificulta na hora de conseguir patrocínios.


“Queremos mudar a imagem que há no país de que os gays vivem só de festa e fazer com que sejam vistos como praticantes normais de esportes. Em dois anos desde a fundação do Comitê tivemos pouquíssimos ganhos”, disse Érico Santos, que será o representante do país no atletismo.

Atualmente, o comitê conta com 800 atletas cadastrados e o objetivo é expandir este número até os próximos Jogos Gays, em 2014.


Rio - Sede da Olimpíada de 2016, o Rio de Janeiro já é uma cidade pré-candidata a receber os Jogos Gays em 2018. A oficialização da candidatura, no entanto, poderá ser realizada apenas no início de 2013, quando a Federação de Jogos Gays abrirá as inscrições.


Por enquanto, o Comitê Desportivo GLS Brasileiro trabalha nos bastidores em busca de apoios. O Ministério do Esporte já se manifestou informalmente como um dos incentivadores. Segundo Emy Ritt, as cidades de Londres (Inglaterra), Cidade do Cabo (África do Sul) e Las Vegas (EUA) também demonstraram interesse em receber o torneio.


O fato de dois anos antes sediar os Jogos Olímpicos pode ser um ponto a favor do Rio. Em 2002, Sydney (Austrália) recebeu a competição, apenas dois anos após ser sede da Olimpíada. Atualmente, o Rio conta com a segunda maior Parada Gay do país – cerca de 1 milhão de pessoas por ano.


Com informações do UOL Notícias

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Gays já podem incluir companheiros no IR‎

Está aprovado pela Receita Federal o parecer que estabelece direito aos gays de colocarem seus companheiros como dependentes na declaração de Imposto de Renda (IR).



A informação foi passada nesta sexta-feira (30) e se refere a documentação redigida pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, tratando sobre a nova regra.


O parecer foi encaminhado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e deve ser publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias.


Houve consulta feita por uma servidora pública que desejava incluir a companheira – que tem isenção de IR – como sua dependente. Desta formalização, resultou o parecer.Com o parecer favorável, abre-se precedente para outros casais na mesma situação em todo o país.


A decisão é tomada como base no princípio da isonomia de tratamento. Conforme o parecer, a legislação prevê a inclusão de companheiros heterossexuais de uniões estáveis como dependentes no IR. Como a Constituição Federal impõe direitos iguais, o mesmo deve ser possibilitado a pessoas homoafetivas.


Os parceiros devem ter vida em comum a mais de cinco anos para terem o direito garantido e a Receita Federal pode notificar quem contribui para checar se a informação é verdadeira.


Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que homoafetivos podem adotar filhos. Antes, em junho de 2008, a Advocacia Geral da União deu parecer favorável ao reconhecimento em cartório de união estável entre gays. Aos poucos, os gays têm podido exercer seus direitos no Brasil.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Foucault e o amor

Acredito que o amor seja um sentimento forte e sendo piegas afirmo que tudo o que acontece em nossas vidas tem um lado positivo. Mesmo nos envolvendo em situações em que nos magoamos e machucamos, só quando somos colocados a prova, temos a verdadeira ciência de que o que temos e/ou sentimos é verdadeiro.



Michel Foucault, no livro "Em Defesa da Sociedade", aborda o direito à vida o qual é cedido ao Soberano e esse direito se efetiva pelo fato de o Soberano também ter direito à morte do seus súditos, ou seja, é por poder matá-los que o Soberano dá-lhes o direito de viver.


Traduzindo para a questão da nossa vida afetiva, só sabemos se amamos alguém de verdade se essa pessoa nos dá motivos para não amá-la e mesmo assim continuamos amando-a.


Como saber o gosto da felicidade se não conhecemos a tristeza? É exatamente por esse motivo que a vida é cíclica, que não vivemos uma situação plena e estamos em constantes transformações, caso contrário, seriamos apáticos, mesmo com cenários pertinentes a felicidade ou não.


Quando uma pessoa diz “eu sou feliz”, em certo momento de sua vida ela soube o que é ser infeliz, a felicidade não existe sem a infelicidade, caso contrário seria apatia, monotonia.


Amamos porque também podemos odiar, sorrimos porque também podemos chorar e acolhemos porque também podemos rejeitar. Não estou querendo dizer que temos domínio por nossas escolhas, pelo contrário, quase sempre somos inerentes a elas.


Não escolhemos quem amamos, para quem sorrimos e quem acolhemos, tais ações são subjetivas e às vezes com motivos de produzirmos sentimentos que fazem oposição aos expostos. Em suma: não conseguimos dominar o coração.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Casais homoafetivos têm 78 direitos negados no Brasil

O casamento civil garante uma série de direitos aos conjuges. Direitos esses que são negados aos casais homoafetivos em razão da não legalização desse tipo de união no Brasil. Os jornalistas Sérgio Gwercman, da Superinteressante, e Carlos Alexandre N. Lima, do Centro de Mídia Independente, pesquisaram e elencaram 78 desses direitos, mas eles ressalvam que não se encerram nestes 78 itens relacionados os direitos negados aos casais homossexuais, pois esse levantamento decorreu de uma rápida e muito superficial observância junto a algumas leis federais, devendo ainda muitas outras leis serem verificadas, podendo elevar este número ao dobro.
Segue abaixo a lista feita pelos dois jornalistas:
1 Não podem casar
2 Não têm reconhecida a união estável
3 Não adotam sobrenome do parceiro
4 Não podem somar renda para aprovar financiamentos
5 Não somam renda para alugar imóvel
6 Não inscrevem parceiro como dependente de servidor público
7 Não podem incluir parceiros como dependentes no plano de saúde
8 Não participam de programas do Estado vinculados à família
9 Não inscrevem parceiros como dependentes da previdência
10 Não pode acompanhar o parceiro servidor público transferido
11 Não têm a impenhorabilidade do imóvel em que o casal reside
12 Não têm garantia de pensão alimentícia em caso de separação
13 Não têm garantia à metade dos bens em caso de separação
14 Não podem assumir a guarda do filho do cônjuge
15 Não adotam filhos em conjunto
16 Não podem adotar o filho do parceiro
17 Não têm licença-maternidade para nascimento de filho da parceira
18 Não têm licença maternidade/ paternidade se o parceiro adota filho
19 Não recebem abono-família
20 Não têm licença-luto, para faltar ao trabalho na morte do parceiro
21 Não recebem auxílio-funeral
22 Não podem ser inventariantes do parceiro falecido
23 Não têm direito à herança
24 Não têm garantida a permanência no lar quando o parceiro morre
25 Não têm usufruto dos bens do parceiro
26 Não podem alegar dano moral se o parceiro for vítima de um crime
27 Não têm direito à visita íntima na prisão
28 Não acompanham a parceira no parto

29 Não podem autorizar cirurgia de risco

30 Não podem ser curadores do parceiro declarado judicialmente incapaz

31 Não podem declarar parceiro como dependente do Imposto de Renda (IR)

32 Não fazem declaração conjunta do IR

33 Não abatem do IR gastos médicos e educacionais do parceiro

34 Não podem deduzir no IR o imposto pago em nome do parceiro

35 Não dividem no IR os rendimentos recebidos em comum pelos parceiros

36 Não são reconhecidos como entidade familiar, mas sim como sócios

37 Não têm suas ações legais julgadas pelas varas de família

38 Não têm direito real de habitação, decorrente da união

39 Não têm direito de converter união estável em casamento

40 Não têm direito a exercer a administração da família quando do desaparecimento do companheiro

41 Não têm direito à indispensabilidade do consentimento quando da alienação ou gravar de ônus reais bens imóveis ou alienar direitos reais

42 Não têm direito a formal dissolução da sociedade conjugal, resguardada pela lei

43 Não têm direito a exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos na hipótese do companheiro falecido

44 Não têm direito a proibir a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem do companheiro falecido ou ausente

45 Não têm direito a posse do bem do companheiro ausente

46 Não têm direito a deixar de correr prazo de prescrição durante a união

47 Não têm direito a anular a doação do companheiro adúltero ao seu cúmplice

48 Não têm direito a revogar a doação, por ingratidão, quando o companheiro for o ofendido

49 Não têm direito a proteção legal que determina que o companheiro deva declarar interesse na preservação de sua vida, na hipótese de seguro de vida

50 Não têm direito a figurar como beneficiário do prêmio do seguro na falta de indicação de beneficiário

51 Não têm direito de incluir o companheiro nas necessidades de sua família para exercício do direito de uso da coisa e perceber os seus frutos

52 Não têm direito de remir o imóvel hipotecado, oferecendo o valor da avaliação, até a assinatura do auto de arrematação ou até que seja publicada a sentença de adjudicação

53 Não têm direito a ser considerado aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade

54 Não têm direito a demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro

55 Não têm direito a reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro companheiro ao amante

56 Não têm direito a garantia da exigência da autorização do outro, para salvaguardar os bens comuns, nas hipóteses previstas no artigo nº 1647 do Código Civil

57 Não têm direito a gerir os bens comuns e os do companheiro, nem alienar bens comuns e/ou alienar imóveis comuns e os móveis e imóveis do companheiro, quando este Não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe

58 Não têm direito, caso esteja na posse dos bens particular do companheiro, a ser responsável como depositário, nem usufrutuário (se o rendimento for comum), tampouco procurador (se tiver mandato expresso ou tácito para os administrar)

59 Não têm direito a escolher o regime de bens que deseja que regule em sua união

60 Não têm direito a assistência alimentar

61 Não têm direito a instituir parte de bens, por escritura, como bem de família

62 Não têm direito a promover a interdição do companheiro

63 Não têm direito a isenção de prestação de contas na qualidade de curador do companheiro

64 Não têm direito de excluir herdeiro legitimo da sua herança por indignidade, na hipótese de tal herdeiro ter sido autor, co-autor ou partícipe de homicídio doloso, ou tentativa deste contra seu companheiro

65 Não têm direito de excluir um herdeiro legitimo de sua herança por indignidade, na hipótese de tal herdeiro ter incorrido em crime contra a honra de seu companheiro

66 Não têm direito a Ordem da Vocação Hereditária na sucessão legítima

67 Não têm direito a concorrer a herança com os pais do companheiro, na falta de descendentes destes

68 Não têm direito ser deferida a sucessão por inteiro ao companheiro sobrevivente, na falta de descendentes e ascendentes do companheiro falecido

69 Não têm direito a ser considerado herdeiro “necessário” do companheiro

70 Não têm direito a remoção/transferência de servidor público sob justificativa da absoluta prioridade do direito à convivência familiar (art.226 e 227 da Constituição Federal) com companheiro

71 Não têm direito a transferência obrigatória de seu companheiro estudante, entre universidades, previstas na Lei nº 8112/90, no caso, ser servidor público federal civil ou militar estudante ou dependente do servidor

72 Não têm direito a licença para acompanhar companheiro quando for exercer mandato eletivo ou, sendo militar ou servidor da administração direta, de autarquia, de empresa pública, de sociedade de economia mista ou de fundação instituída pelo poder público, for mandado servir, ex-oficio, em outro ponto do território estadual, nacional ou no exterior

73 Não têm direito a receber os eventuais direitos de férias e outros benefícios do vínculo empregatício se o companheiro falecer

74 Não têm direito ao DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não), no caso de morte do companheiro em acidente com veículos

75 Não têm direito a licença gala, quando o trabalhador for celebrar sua união, podendo deixar de comparecer ao serviço, pelo prazo três dias (art.473, II da CLT) e se professor, período de nove dias (§ 3º. do art. 320 da CLT)

76 Não têm direito, de oferecer queixa ou de prosseguir na ação penal, caso o companheiro seja o ofendido e morra ou seja declarado ausente

77 Não têm direito as inúmeras previsões criminais que agravam ou aumentam a pena contra os crimes praticados contra o seu companheiro

78 Não têm direito a isenção de pena no caso do crime contra o patrimônio praticado pelo companheiro (art.181 CP) e nem na hipótese do auxílio a subtrair-se a ação da autoridade policial (art.348 § 2º CP)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eu sou cruel com todos!

Depois de semanas reassistindo os 22 episódios da primeira temporada da série americana Glee para garimpar algumas das pérolas de Sue Sylvester, percebi que tenho muito em comum com a personagem. Eu e ela temos formas muito semelhantes de vermos as coisas, encararmos o mundo, de lidarmos com as pessoas. A personagem é um tipo de vilã, professora de educação física e preparadora física das líderes de torcida da McKinley High School. Ácida, de humor negro, desonesta, inescrupulosa, cínica, dissimulada, politicamente incorreta e deliciosamente má, mesmo quando faz uma bondade, assim é Sue Sylvester.


Já perdi as contas de quantas vezes me chamaram de cruel. Até minha mãe já o fez. E quando mãe diz é por que é verdade mesmo. Aliás, cruel é só um dos adjetivos “ruins” que já usaram para se referir a mim. Já me chamaram também de mau, egoísta, rancoroso, cínico, dissimulado... são tantos que já nem lembro, mas eu adoro, sobretudo quando se referem a mim como venenoso. A-DO-RO!

Eu faço questão de menosprezar quem não gosto, adoro mais ainda publicizar isso. Piadas de humor negro? São as únicas que conheço e que acho graça de verdade. Eu ri assistindo ‘O exorcismo de Emily Rose’. Vingança? Passo dias planejando a forma mais dolorosa de praticá-la. Sinto espasmos de prazer inexplicáveis ao saber que alguém sente raiva de mim. Isso me dá mais e mais vontade de ir lá e provocar.

Costumo também manipular as pessoas. Nunca as que gosto, mas as que preciso para concretizar minhas maldades infantis. Lembro ainda hoje do dia em que fiz minha mãe dar boas palmadas em minha irmã. Não lembro o que ela me negou, mas sei o que fiz em seguida. Baguncei toda a casa. Nossa! Ficou tudo tão imundo. Quando minha mãe chegou fiz a melhor cara angelical que pude e joguei a culpa em minha irmã. Eu tinha então 9 anos e minha irmã 4. E não, não tenho remorso.

Também adoro o uso da ironia, do sarcasmo, da brutalidade, do poder atroz da sinceridade. Seja meu amigo ou desafeto, lanço mão desses atributos. A dosagem vai depender do quanto gosto ou não da pessoa. Eu planejo cada maldade como quem cuida de um filho. Depois, adoro fazer cara de ‘não sei o que está acontecendo, mas posso ajudar?’.

Mas não sou um suicida. Faço tudo o que faço de forma a não ser descoberto. Quando deixo rastros é por quero que saibam que eu fui o autor da artimanha. E também não faço o que faço pelo simples prazer de descontar nos outros alguma possível frustração. Calma, sou cruel, mas sou humano.

Sei que sou ácido, intransigente e arrogante. Sei que meus métodos são extremos, mas os resultados os justificam. O que eu faço, no fim das contas, é tirar as pessoas da sua zona do conforto. Eu digo para elas mudarem e saírem de suas caixas, mesmo que essa caixa seja seu único espaço de segurança e conforto.

Não tenho medo de causar polêmica. Eu sei que não é fácil sair da zona de conforto. Eu fiz isso há algum tempo e ainda não consegui me adaptar totalmente. Às vezes quero voltar, mas uma vez
fora, não há como mudar.

Por que escrevi tudo isso? Por que tenho tido várias experiências desse tipo com amigos meus nos últimos dois meses. Alguns deles talvez nem voltem mais, mas é assim que a Sue vê as coisas e é assim que eu também vejo as coisas.
O título desse texto é uma das frases proferidas pela temida treinadora de líderes de torcida, Sue Sylvester. Esta é a minha preferida das ditas por Sue que também é meu personagem predileto da série. Mas por que tudo isso? Por que eu sou meio Sue Sylvester, pior, em algumas situações (a maioria delas) faço questão de sê-lo.

Ministério da Saúde proibe de gays doarem sangue

O Ministério da Saúde confirmou na sexta-feira (19) que gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH) não podem ser doares de sangue. Segundo os representantes do Ministério, os grupos "mantêm conduta de risco de infecção de doenças como Hepatite B, C e AIDS". Em nota técnica divulgada pelo Ministério intitulada "Situação de risco acrescido para doação de sangue" é baseada em algumas pesquisas recentes e outras nem tanto, relacionadas à Aids. De acordo com os dados, no Brasil a epidemia de Aids é menor que 1% na população em geral, e maior que 5% em gays e HSH.



Homens que tiveram relação sexual com outros homens nos 12 meses que antecedem a doação não podem contribuir, independentemente do uso de preservativos ou da quantidade de parceiros. Embora a janela imunológica – o tempo mínimo para que o corpo comece a produzir anticorpos, caso seja infectado com o HIV – para a detecção do vírus seja de um a três meses, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil segue a orientação da Organização Pan-Americana de Saúde, que estabelece 12 meses.


Tanto o Ministério quanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ancoram a decisão técnica em estudos que indicam que a prevalência do HIV é maior entre os gays.


Além disso, estudos nos EUA e na Inglaterra também apontam diferenças significantes no número de casos de Aids entre gays e entre heterossexuais. O mesmo é dito sobre a hepatite C, em uma pesquisa de 1991, "HSH pode ser considerado de risco acrescido para infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), apesar da via sexual não ser uma via efetiva de transmissão do vírus".


O Ministério da Saúde chega a conclusão de que estão inaptos para doação de sangue: homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas; pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo; pessoas que foram vitimas de estupro; homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes.


Também ficam restringidos os homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-HIV, portador de hepatite B; pessoas que estiveram detidas por mais de 24h; pessoas que tenham colocado piercing ou feito tatuagem em lugares que não apresentavam condições de segurança; pessoas que tenham apresentado exposição a sangue ou outro material de risco biológico; pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com historia de transfusão sanguínea; pessoas que tiveram acidente com material biológico.


Nos programas do governo de prevenção da Aids, o conceito mais usado é o de comportamento de risco. “Já no departamento de homoderivados, o Ministério da Saúde trata os gays como um grupo de risco. É um retrocesso”, afirma Irina Bacci, secretária-geral da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGL). Embora esse ponto da portaria não deva mudar, mesmo com a consulta pública, Irina defende que a população se manifeste sobre a questão. “O documento deixa bem claro que são homens que fazem sexo com outros homens. Isso associa o HIV novamente ao homossexual.”


O Brasil não é o único país que impõe regras restritivas aos homossexuais. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles também não podem doar sangue. “São decisões antiquadas, tomadas ainda na década de 1980, quando milhares de pessoas foram infectadas após transfusão porque não havia teste para o HIV, desenvolvido em 1985”, afirma Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum de ONG-Aids do Estado de São Paulo. “Há tecnologias que derrubam a manutenção da restrição, que tem sido justificada pelo risco de poderem entrar nos bancos de sangue amostras que tenham apresentado resultados falsos negativos.”

Com informações da
Agência de Notícias da Aids

domingo, 25 de julho de 2010

É assim que a Sue vê as coisas

Se você não sabe quem é Sue Sylvester, eu lhe digo. Ela é a treinadora linha dura, politicamente incorreta, racista e etc, que simplesmente é o melhor personagem da série de TV dos EUA, Glee. A personagem é um tipo de vilã, professora de educação física e preparadora física das líderes de torcida da McKinley High School. A série vai ao ar pelo canal Fox. Este mês o canal começou a exibir a segunda fase da primeira temporada da série. Em setembro, a Fox EUA levará ao ar a segunda temporada. Se você ainda não a assistiu, eu recomendo. Enquanto isso saiba um pouco mais sobre a forma de ver o mundo da treinadora Sue Sylvester.

Conselhos de Sue Sylvester:

Faça com seus garotos depressivos o que fiz com minha mãe rica e idosa: eutanásia!

Vou pedir a vocês que cheirem seu suor. Esse é o cheiro do fracasso. Agora saiam, pois está contaminando meu escritório.

Nunca deixe nada te distrair da vitória. Jamais!

Filosofias de vida por Sue Silvester:

Sempre achei que o desejo de procriar demonstra uma enorme fraqueza pessoal.

Amor verdadeiro sempre surge do ódio verdadeiro.

Não há muita diferença entre um estádio cheio de fãs e um bando de gente te xingando. Ambos estão apenas fazendo barulho. Como encarar isso é com você. Convença-se que estão torcendo por você. Se fizer isso, um dia eles irão.

Sue Sylvester e as pessoas:

O modo de usar sua doença mental para ajudá-los é inspirador. Estou chocada que você não seja casada!

Não vou fazer nada, William, até acertar sua virilha em cheio.

Você está certo, Will. Eu tento destruir o coral com convicção tamanha que só posso chamar de religião.

Em resumo: você tem toda a sensualidade de um daqueles pandas do zoológico que se recusam a procriar.

Tem apenas uma pessoa no mundo que pode te dizer quem você é: eu, Sue Sylvester!

Se gosta de músicas dançantes não significa que você é gay. Significa que você é horrível!

Boa sorte com seus problemas. Daqui para frente pararei de conversar com estudantes, pois isso é uma perda colossal de tempo.

Não vou cumprimentá-lo a menos que tenha desinfetante para as mãos. Vi o carro que você dirige. Não quero pegar pobreza.

Eu sei que você acha que eu sou uma pessoa má porque permaneço imóvel pelas suas chatices banais sobre como a condição humana pode ser melhorada.

Eu sei que você pensa que eu sou insensível, Will, e você pode ter razão. Passei grandes momentos a cada dia imaginando você se engasgando com a comida e recentemente contatei um revendedor de animais exóticos, pois tive um sonho muito gratificante em que nós dois fomos ao zoológico e eu empurrei a sua cara na bunda rosa de um macaco.

Largue minha mão. É de verdade! Eu vou vomitar em você.

Sue Sylvester hairstylist’s:

Não confio em homens de cabelo cacheado. Não consigo deixar de imaginar passarinhos botando ovos aí, e isso me enoja.

Estou razoavelmente confiante que você adicionará vingança à longa lista de coisas em que você não é bom. Depois de se casar, administrar um coral de colégio e encontrar um corte de cabelo que o faça parecer uma lésbica.

Oh, William, achei que estivesse sentindo o cheiro dos biscoitos feitos no forno pelos duendes que vivem no seu cabelo.

Devo ser honesta, Will. Eu estou tendo grande dificuldade em ouvir qualquer coisa que diga hoje, porque seu cabelo está parecendo um ninho. Estou esperando personagens da Disney surgirem e começarem a cantar como é a vida campestre.

Sue Sylvester por Sue Sylvester:

Olhe para mim: mesmo no calor da batalha sou tão elegante e majestosa.

Sei que meus métodos são extremos e sei que não sou como vocês: hippies que se importam com os sentimentos das crianças, como se existissem.

Não consigo ver estudantes ficando emocionados, a não ser que seja de exaustão física.

Eu encorajo minhas garotas a serem campeãs. Se vão ir pra faculdade? Não sei e não me importo.

Eu encorajo minhas garotas a viverem com medo e a criarem um ambiente de terror, aleatório e irracional.

Brigo com crianças! Elas precisam ser aterrorizadas. É como leite materno pra elas.

Eu gosto tanto de minorias que cogito me mudar pra Califórnia para fazer parte de uma.

Estou cheia de veneno e triunfo.

Você está prestes a entrar no Expresso Sue Sylvester. Qual o destino? Horror!

Sue Sylvester não precisa se reinventar. Ela precisa reinventar a todos.

Sei que meus métodos não são convencionais, mas os resultados os justificam.

Sabe, para mim troféus são como herpes. Você tenta se livrar deles, mas eles continuam voltando.

Sue Sylvester tem momentos alérgicos de talento altamente contagiosos.

Fiz um lifting no olho e pedi pra tirar o canal lacrimal. Não usava mesmo.

Eu sou cruel com todos!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lágrimas

Quando olhamos para trás e lembramos o passado
Nos vem à memória saudade de tudo que ficou por lá.
Mas o que fazer quando em vez da saudade nos vem a tristeza?
O que fazer se diante de tanta tristeza não há mais
Lágrimas inéditas para chorar?
O tempo me levou o passado,
O tempo da infância onde eu era mais ou menos feliz.
E com ele ficaram minhas lágrimas
E agora já não posso nem chorar.
Relembro com angústia tudo o que vivi
E espero com temor tudo o que ainda tenho para sofrer.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Casais gays estrangeiros podem casar-se em Portugal

As Conservatórias do Registo Civil receberam ordem para procederem à celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ainda que ambos os nubentes ou um deles seja nacional de um Estado que não admita esse tipo de casamentos, foi hoje divulgado.
Esta determinação consta de um despacho do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), entidade na dependência do Ministério da Justiça, e visa solucionar 'dúvidas' e 'omissões' resultantes da lei de 31 de maio de 2010 que veio permitir a celebração em Portugal de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.



O despacho refere que a lei 'nada dispõe quanto ao reconhecimento da eficácia, na ordem jurídica portuguesa, dos casamentos celebrados entre portugueses ou entre português e estrangeiro, do mesmo sexo, em país estrangeiro, em data anterior à sua entrada em vigor'.


Adianta que a mesma lei 'nada refere quanto à possibilidade de celebração de casamentos, em Portugal, entre nubente português e nubente estrangeiro ou entre nubentes estrangeiros, relativamente aos quais a sua lei pessoal não permita este tipo de casamento'.


Para resolver estas 'omissões e outras questões conexas' suscitadas pela lei, o IRN, ouvido o órgão consultivo que é o Conselho Técnico, determinou às Conservatórias do Registo Civil que procedam à celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ainda que ambos os nubentes ou um deles seja nacional de um Estado que não admita esse tipo de casamentos, por respeito a princípios fundamentais da ordem internacional do Estado português.


Ordenou ainda que quando ao nubente estrangeiro não seja possível apresentar o certificado de capacidade matrimonial, por o respetivo país não admitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a sua capacidade deverá ser aferida ao abrigo de disposições do Código Civil.


Decidiu ainda que as Conservatórias do Registo Civil procedam à transcrição dos casamentos no estrangeiro, ainda que antes da entrada em vigor da lei (portuguesa), entre portugueses ou entre português e estrangeiro do mesmo sexo e considerem que os mesmos produzem efeitos à data da celebração.


Em contrapartida, o IRN determina que 'não deve ser reconhecida a adopção decretada no estrangeiro por casais constituídos por pessoas do mesmo sexo', nem 'eficácia ao casamento celebrado em Portugal perante os agentes diplomáticos ou consulares estrangeiros, entre português e estrangeiro do mesmo sexo'.


Ordena ainda às Conservatórias do Registo Civil que 'não deve ser efectuado' o registo do 'Civil Partnership' e outras formas de união de facto equivalentes por não constituírem factos sujeitos a registo, por falta de disposição legal que o preveja. O despacho agora proferido foi assinado pelo presidente do IRN, António Luís Pereira Figueiredo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sobre os meus amigos

Hoje, 20 de julho, é comemorado mundialmente o Dia do Amigo. A data foi adotada inicialmente em Buenos Aires (Argentina), sendo instituída por Enrique Ernesto Febbraro que se inspirou na chegada do homem à lua (20.07.69) que seria uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países. No Brasil, o Dia do Amigo é comemorado oficialmente em 18 de abril enquanto a data de hoje é tida como o Dia da Amizade.



Passado esse brevíssimo histórico, quero homenagear a todos os meus amigos com esse texto. Não falarei sobre a importância da amizade, de como é bom ter amigos e essa baboseira toda. Os amigos, nós os reconhecemos nas atitudes do dia-a-dia. Às vezes um gesto banal pode ser a maior prova de amizade que podemos receber de uma pessoa.


Sendo assim, proponho a eles uma brincadeira: descreverei, sem citar nomes, algumas situações que vivi (vivo) ao lado eles ou que me façam lembrá-los e a missão deles é se encontrarem no texto. Para eu saber quem leu e quem acertou, copiem o trecho em que menciono vocês e colem nos comentários ou me deixem por scrap ou depoimento no orkut, ou me mandem por SMS ou me liguem e falem, enfim, só quero saber que vocês leram e se encontraram aqui, ok? Então vamos lá!


Amigos, podemos até conhecê-los, mas só o temos assim quando os reconhecemos. Alguns tem mais outros menos, mas todo mundo tem amigos, até quem acha que não tem. E tem-se amigos de todo jeito, alguns mais para algum tipo de momento, mas todos sempre disponíveis para todas as horas.


Eu tenho uma amiga que conheci ainda na infância, nos tempos da escola. Ela nunca esquece a data do meu aniversário. Todos os anos vem à minha casa nesse dia mesmo sem saber se vai me encontrar, mas eu sempre a espero. Em contrapartida, sempre esqueço a data do aniversário dela.


Falando em aniversário. Tenho outra amiga que (quase) nunca lembra a data do meu e eu, só de mal, tento esquecer a data do dela, mas nunca consigo. Tenho outra amiga que nunca esquece o meu aniversário e ai de mim se eu esquecer do dela. Ela sempre me cobra presentes que eu nunca dou. Ela me liga sempre para saber de mim e reclamar por que estou sumido.


Tenho um amigo, machista, que dia desses tentou me convencer que não sou gay, mas confuso, porém nesse dia ele me surpreendeu ainda mais. Nunca pensei que um dia pudesse falar dessas coisas com ele, disse isso a ele que me respondeu: “acima de tudo, sou teu amigo”.


Descobri outro dia que um amigo meu que sempre provou do poder devastador da minha língua (calma, leia o post abaixo) e que nunca se importou. Só sorria e vejam só, descobri que ele também é do ‘mundinho’ e eu não sabia.


Tenho amigos que moram longe. Outro estado. Um vive reclamando do insuportavel calor 20ºC que precisa enfrentar às vezes e eu só respondo: “aqui eu tô com 36ºC e ainda não morri”. Tem outro, que à noite me manda mensagens libidinosas pelo celular e o pior é que eu retribuo. Falamos cada obscenidade um pro outro. Tenho um amigo de outro estado que é o meu neguim. Nos conhecemos no orkut, em uma comu de fakes. Eu era o Shun. Ele a Paola. Vai entender.


Ah, tenho um amigo que virou meu amigo só depois que me deu um fora. Em geral eu costumo rezar por quem faz isso, mas com ele não. Tanto que ele só dá um passo em sua vida amorosa se me pedir um conselho antes. Louco, né? E fechando a lista de amigos em outros estados, tenho um que é fã da mesma cantora que eu sobre a qual ficamos até as 3h da manhã falando no msn, trocando versos, compartilhando angústias.


Nossa! Me apaixono por meus amigos mais do que eu supunha. Mas tem o oposto também. Uma certa amiga minha já foi afim de mim, mas temos uma insuperável incompatibilidade de gênios.


Do antigo trabalho, ficou um trio de amigas inesquecíveis. Uma baixinha com saltos enormes, outra gigante na altura, mas sobretudo no coração e outra sempre chateada, se achando gordinha, querendo um emprego melhor. Saudades delas que me ensinaram a ter a temida língua que alguns dizem que tenho.


Tenho um amigo que sempre me conta piadas sem graça e eu rio mesmo assim. Tenho outro que tem um monte de amigo que eu quero botar fogo e que faz o maior mistério sobre sua vida. Tenho um outro amigo que tem um apelido infernal.


Tem amigos que viram amigos porque namoram nossos amigos. Desse tipo tenho dois. Um, logo no começo do namoro, me aturou em um porre monumental e dia desses, do seu jeito meio bruto de ser, me mandou um e-mail lindo ao saber que eu estava mal. O outro é mais discreto. Quase não nos falamos quando estamos juntos. A maior parte das conversas é no twitter, vai entender.


Tenho um amigo que foi o contrário. Eu que tinha um rolo com um amigo dele. A gente se detestava no início. Hoje nos falamos todos os dias, nos vemos todos os dias. Ele me mata de rir das suas loucuras e de vergonha das suas outras loucuras. Mas tem algo que detesto nele: ele reclama do meu jeito de comer bolo.


Eu tenho um amigo do tipo Apple. Ele se acha só porque já chupou a laranja holandesa. Tenho um amigo que é o mais fofo de todos e que eu descobri na pista de dança quando ele quase me arrancava os braços me puxando para lá ao ouvir o primeiro acorde de uma canção da GaGa. Tem um outro certo amigo que me faz perder o sono. Fico querendo ligar, mandar SMS, dizer coisas que não devo. Ele já disse que somos amigos, apenas, mas vai dizer isso pro meu coração. Viu? Outro amigo que meu coração balança.


Tenho um certo amigo que adora me contar sua vida íntima. Cada coisa que eu fico chocado. Esse é o meu amigo da amizade mais recente, embora o conheça a mais tempo que outros amigos que tenho. Sinto saudades todos os dias e fico meio assim quando ele não liga, mas quando ele liga querendo um ombro, fico para morrer. Nem sei se ele lerá isso. Ele não tem computador.


Tenhos duas amigas mais que importantes na minha vida. São o meu pote de ouro ao fim do arco-íris. Uma é retardadinha tipo eu. Ri de cada tolice. Temos a personalidade tão parecida. Somos melancólicos. Adoramos gatos. E temos uma sinuca para lembrar. Outra é a amiga dos conselhos libidinosos, amorosos, afetivos, de vida e da vida. Mais que isso, ela é a sábia guru. Ela me salvou noite dessas. Sem ela naquela noite eu iria morrer do coração.


E tem uma amiga que me liga á noite me pedindo pra fazer ligações telefônicas furtivas. Adoro! Puxa! Como eu tenho amigos, mas falta falar de dois. Os mais especiais. Aposto que todo mundo já sabe quem são. Desculpem-me todos os outros, mas esses dois são meus preferidos. Vem em primeiro lugar.


Bem, ele é o amigo da infância que foi e nunca foi muito mais que amigo. O amigo de muitas vontades e desejos recíprocos (quase) nunca concretizados. Aquele que me diz adeus todos os dias e logo em seguida se derrama em declarações mil e assim seguimos, apenas sempre amigos e mais que amigos, mas com promessa de um dia sermos ainda muito mais.


E ela. Bem, ela foi a primeira pessoa nesse mundo a enxergar minhas cores verdadeiras. A que sempre está pronta para todas. Aquela que sempre compartilha das minhas opiniões, por mais pouco convencionais que elas sejam. Ela é a que sabe meus passos, mesmo antes de eu dá-los. Por ela tenho o maior amor do mundo. Precisaria de um post só para ela, tantas são as coisas que posso e quero falar, mas acho que fiz isso dia desses.


Quanta gente. Quantos amigos. E ainda há quem diga que eu não os tenho. Pobre alma anã desolada. Acho que lembrei de todos. Se esqueci algum, você já é meu amigo o suficiente para saber que eu tenho um jeito todo próprio de ser e de demonstrar meu afeto.


De alguns falei mais de outros menos, mas isso não mede o meu sentimento. Com alguns convivo mais com outros nem tanto, mas todos estão sempre nos meus pensamentos. A minha vontade é ser um escudo para todos e suportar em mim o peso das suas angústias, dos seus pesares, mas não posso fazer isso, então divido os fardos com muito orgulho.


Com o mesmo orgulho que digo agora o quanto é bom ter vocês todos como amigos.

Censo 2010 do IBGE fará contagem dos casais gays do Brasil

Quanto tempo se leva de casa ao trabalho; qual a relação do entrevistado com os responsáveis pelo domicílio entre 20 possibilidades, entre elas cônjuges do mesmo sexo; se há celular, motocicleta ou acesso à internet; se algum morador migrou para outra parte do Brasil ou para o exterior; e se a família fala algum idioma indígena. Essas são cinco de algumas questões inéditas que o Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pretende responder e que farão um raio X sobre alguns aspectos da rotina dos brasileiros.

A coleta do Censo 2010 começa no primeiro dia de agosto e vai até o fim de outubro. A principal novidade desse ano é que pela primeira vez o IBGE vai contar quantos casais gays no Brasil vivem em união estável. “No passado nós só perguntávamos se eram cônjuges. Hoje nós abrimos para cônjuge do mesmo sexo e cônjuge de sexo diferente”, explica coordenadora operacional do Censo/IBGE Maria Vilma Garcia.

O tema vai provocar discussões, claro. Mas, desde já, os ativistas consideram o reconhecimento da união homoafetiva um largo passo no capítulo das liberdades civis. “Já dialogamos uma série de políticas públicas. É importante que tenhamos dados concretos para embasar e qualificar o debate na construção dessas políticas públicas” destaca o coordenador do Grupo Arco-Íris Julio Cesar Moreira.

Grupo gay obtém 'status consultivo' em órgão da ONU

Com informações da Agência Reuters



A ONU (Organização das Nações Unidas) concedeu nesta segunda-feira (19) "status consultivo" no seu Conselho Econômico e Social à Comissão Internacional dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas, apesar da resistência de Egito, China, Rússia e outros países. O grupo havia solicitado há três anos essa credencial, que lhe dá o direito de fazer lobby junto à entidade.


No mês passado, uma comissão da ONU que credencia ONGs rejeitou o pedido, por causa do voto em contrário de vários integrantes. Delegações ocidentais prometeram então se empenhar para reverter a decisão no plenário do Conselho Econômico e Social (Ecosoc).


EUA, Reino Unido e outros países ocidentais pediram a todos os 54 países do Conselho que votassem pela inclusão do grupo homossexual na reunião de segunda-feira. No final, foram 23 votos a favor (inclusive do Brasil), 13 contrários e 13 abstenções.


Egito, China e Rússia mantiveram sua oposição, junto com a Venezuela e diversos países islâmicos. Rosemary DiCarlo, embaixadora-adjunta dos EUA na ONU, elogiou o resultado. “O Ecosoc novamente passou uma clara mensagem ao comitê das ONGs e à comunidade internacional de que ele assegurará que vozes diversas da sociedade civil, inclusive aqueles que advogam pelos direitos LGBT, sejam ouvidas nas Nações Unidas - declarou, citando a sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”, disse.


O embaixador-adjunto do Reino Unido, Philip Parham, disse ao Ecosoc que a presença da Comissão Internacional dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas "agregará uma voz importante para as nossas discussões na ONU."


Cary Alan Johnson, diretor da entidade homossexual, disse em nota que a decisão foi "uma afirmação de que as vozes das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros têm um lugar nas Nações Unidas como parte de uma comunidade vital da sociedade civil. "A mensagem clara aqui é de que essas vozes não devem ser silenciadas, e de que os direitos humanos não podem ser negados com base na orientação sexual ou na identidade de gênero”, finalizou.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Todo mundo teme a língua de Jock

“Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser e de dizer coisas que podem magoar e ofender, mas cada um tem o seu jeito todo próprio de se defender.”(do repertório de Maria Bethânia)



Dia desses eu estava em uma lanchonete e uma conhecida minha teria me visto lá e perguntado por um amigo nosso em comum, (o Jefferson), e eu a teria ignorado totalmente. Bem, não lembro esse episódio. Se tiver algo que definitivamente não sou é mal-educado, portanto, jamais teria ignorado a pobre. Ela contou o fato para o Jefferson que comentou comigo dias depois.


No mesmo dia, pouco antes de ele me contar esse episódio, encontrei com ele e outro amigo nosso, Jonnathan, a quem uma desconhecida minha teria dito que queria me perguntar algo e a resposta do Jonnathan foi rápida e rasteira: “não pergunta nada pro Jock por que ele tem um jeito muito ‘positivo’ de dizer as coisas. E é justamente sobre isso que vou falar hoje.


Bem, sou agarela por natureza. Adoro falar, conversar, tanto que quando não tenho com quem o faça, escrevo, por isso criei este blog, pois tenho necessidade de me expressar continuamente. Sinceridade para mim é fundamental. Falo o que penso sempre, se me omito é por que a circunstância exige, mas mesmo que nas entrelinhas, deixo claras as minhas opiniões.


Só que esse tipo de comportamento extremamente franco é sempre muito mal interpretado e são poucas as pessoas que o compreendem e ou aceitam. Pessoas como eu acabam passando por ríspidas, inconvenientes, maldosas e até mesmo ‘humilhativas’ (se me permite o neologismo barato).


Mas há momentos em que tem de parar que ver as pessoas pelo que parecem e pedir para ver o que podem fazer e é isso que eu faço com minhas palavras. Eu até poderia mentir em diversas situações só para inflar o ego das pessoas, porém acho muito mais fácil e simples dizer a verdade. Que culpa eu tenho se as pessoas não gostam da verdade?


Eu digo o que penso sem medo, pois é esse tipo de comportamento que gosto de receber das pessoas. Sei que é mais cômodo falar pelas costas, pois assim você não se indispõe com ninguém. Se algumas pessoas preferem a hipocrisia, tudo bem, mas não terão de mim esse comportamento.


Se digo o que penso, o que acredito, não é com o intuito de ofender – tudo bem, às vezes até é, admito -, mas sim com a intenção de mostrar àquela pobre alma quem eu sou e o que ela pode esperar de mim para não se frustrar depois achando que eu era algo que não sou.


Por causa desse meu modo de ver as relações interpessoais, muita gente prefere não me pedir opinião. Há ainda os que se afastam de mim para não serem vítimas da navalha que trago na boca. E assim minha inócua e incólume língua segue famigerada acumulando inimigos e tementes.


Após me contar o episódio que narrei no começo desse texto, o Jefferson cunhou a seguinte frase: “todo mundo tem medo da língua do Jock.” Bobos, não tenham medo. Eu uso minha língua somente para o (meu) bem.

"Sim, eu aceito": Brasil ganha campanha a favor do Casamento Gay

Astrid Fontenelle e Cazé Peçanha aderiram à campanha "Sim, eu aceito", que pede a aprovação, pelo Congresso Nacional, do casamento entre homossexuais.

Os senadores argentinos acabaram de aprovar um projeto parecido no país vizinho e agora os Gays de lá poderão oficializar suas uniões. Por aqui, a proposta de lei espera parecer dos deputados e senadores há cerca de 15 anos.



A campanha, "Sim, eu aceito", a favor do Casamento Gay, é promovida pela Associação Cultural MixBrasil. A apresentadora do programa "Happy Hour", do GNT, e o VJ da MTV foram as primeiras personalidades a posar com o cartaz da iniciativa. De acordo com os organizadores, as atrizes Regina Casé e Betty Faria serão as próximas a apoiar a causa.


“Acredito firmemente no direito universal das pessoas firmarem seus compromissos de amor. As relações de uma vida têm direitos adquiridos e que precisam ser preservados. Se em uma sociedade comercial os direitos são preservados, em uma relação de amor também tem que ser assim. Simples assim!”, disse Astrid, ao manifestar seu apoio.


Fernando Bingre, guia de turismo especializado em receber turistas GLBTs em Salvador, sugere que criemos uma grande e poderosa mobilização no Brasil para exirgirmos a aprovação do Casamento Gay, aproveitando o ótimo embalo da vitória argentina.


Basta com que todos divulguem a idéia por todos os meios possíveis, e não parem de falar sobre isso enquanto o Casamento Gay não for aprovado. Vale usar o Orkut, Twitter, Facebook, SMS, Blog, Banner, MSN, E-mail, mensagens para deputados e senadores, abaixo-assinados, folhetos, faixas, cartazes em locais públicos, boates, murais de universidades, usar o carro de som de todas as Paradas Gays do Brasil, bottons na roupa e qualquer outra maneira que você conseguir imaginar.


Vamos todos juntos rumo à aprovação do Casamento Gay!