sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ásia: 90% dos gays não têm acesso ao tratamento da AIDS

O alto grau de fundamentalismo religioso faz da Ásia o segundo lugar mais hostil para um homossexual. Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que dos 48 países desse continente, 19 consideram um crime relações entre pessoas do mesmo sexo. Para o órgão, essas leis geram abuso, violam os direitos humanos e dificultam o acesso à tratamento contra o HIV.



Irã, Arábia Saudita e Iêmen punem com pena de morte os homossexuais. Na Arábia Saudita, Prisões, multas ou chicoteamentos podem ser utilizadas no lugar da pena de morte, enquanto no Irã, a última execução ocorreu em 2005, ambos são países mulçumanos.


Aliás, de acordo com o Pnud os países onde o islamismo predomina são os que mais punem comportamentos homossexuais. Dos 14 países do Oriente Médio, região que concentra o maior número de nações islâmicas, 11 possuem legislação que criminaliza as relações sexuais entre pessoas do mesmo gênero. Israel é o único país do Oriente Médio que apóia legislação pro-gay, apesar da intolerância de alguns politícos, lideres religiosos e uma parte da população.


Na Coréia do Norte não é permitida a discussão pública ou a abordagem da homossexualidade que é vista ou como uma doença ou como um "vício do capitalismo". Na vizinha do sul, o artigo 31 do Comite Nacional dos Direitos Humanos estabelece que "nenhum individuo poderá ser discriminado tendo como base a sua orientação sexual, no entanto o governo continua a discriminar as orientações sexuais minoritarias. No Camboja, o rei Norodom Sihanouk, que governou o país entre 1941 e 1955 e de 1993 a 2004, propôs a união civil entre gays, mas não obteve apoio.


Nas Filipinas, entre julho e agosto de 1997, integrantes do partido comunista local propuseram o casamento homossexual, no entanto, o mesmo foi vetado em 2003 e o Vietnã proibiu o casamento homossexual em 1998. Nos demais países, as punições vão de detenções que variam entre 10 e 20 anos de prisão. No Paquistão somente a homossexualidade masculina é punida.


Índia - Alguns países adotaram leis e políticas destinadas a solucionar problemas jurídicos, entre outros. Índia, Indonésia e China têm estratégias específicas voltadas para os grupos de maior risco. Na China as leis relativas a casamentos estão sob revisão e Hong Kong está cogitando leis anti-discriminatórias. Na Indonésia, em 2003, um projeto que criminalizaria a homossexualidade foi vetado.


O Pnud também apóia e estimula programas elaborados para mudar a mentalidade e as atitudes que podem tornar o problema ainda pior. Na Índia, por exemplo, ajudou a criar um conselho para a comunidade transexual no estado de Tamil Nadu. A iniciativa teve tanto sucesso que o governo indiano está considerando expandi-la para outros estados. Este tipo de iniciativa é feita junto com a comunidade local.


HIV - De acordo com o relatório, são essas legislações que estão por trás do atraso em políticas nacionais contra a Aids. O estudo indica a necessidade de uma melhor coordenação entre programas de saúde e o sistema judiciário. Pelo menos 90% dos homossexuais asiáticos não têm acesso à prevenção do HIV. De acordo com informações da agência da ONU, a prevalência dos casos de Aids alcançou um nível alarmante entre os homens que vivem na Ásia e no Pacífico e os governos precisam implementar respostas efetivas contra a doença, com base nos direitos humanos.


A legislação e aplicação das leis deixa a desejar e limita o alcance e a efetividade dos serviços de saúde e prevenção do HIV. Muitos países têm políticas para o HIV que priorizam homens que mantêm relações sexuais com homens e transexuais, mas o PNUD diz que é preciso haver maior coordenação entre os setores de saúde e justiça nos governos.

No mapa abaixo, a situação das nações africanas e asiáticas no que concerne às suas legislações quanto à homossexualidade.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Homossexualidade masculina é punida na Oceania

O misticismo religioso é p principal entrave dos povos oceânicos em avançar na luta e conquistas dos direitos LGBT. Enquanto a homossexualidade masculina é criminalizada, a feminina é incentivada em diversas culturas.

Dos vinte países e territórios da Oceania, doze possuem legislação que criminaliza as relações sexuais entre pessoas do mesmo gênero. Dentre estes, dez punem apenas relacionamentos entre homens. Dois países possuem legislação favorável à união civil e outro está analisando a hipótese. No continente, somente a homossexualidade masculina é punida. No caso das lésbicas, o comportamento é incentivado em alguns povos.



Na Austrália, maior país da região, há a possibilidade de parcerias domésticas em todos os Estados, com exceção da Austrália do Sul e Victoria. O casamento entre pessoas do mesmo gênero foi proibido por uma determinação federal. Mesmo assim, a Tasmânia propos a legalização do casamento homossexual em abril de 2005. Aliás, o país é o mais tolerante às causas gays, possuindo, em âmbito nacional, leis anti-homofobia.


Nas Ilhas Cook a somente a homossexualidade masculina é punida. As penas variam de multas a 14 anos de detenção. O mesmo acontece em Papua-Nova Guiné, Kiribati, Ilhas Salomão, Tuvalu e no Fiji, mas em contrasenso, esse possui leis que punem a homofobia. A lei foi considerada como incostitucional pela Suprema Corte do Fiji no dia 26 de agosto de 2005.


Nas Maldivas, Tonga, Niue e nas Ilhas Marshall a homossexualidade masculina também é punida com até 10 anos de detenção ou multa. Na Samoa a pena de prisão pode chegar a 7 anos. Na Nova Caledónia estuda-se o reconhecimento da união civil homoafetiva o que já acontece na Nova Zelândia.


Países como os Estados Federados da Micronésia, Taiti, Nauru, Vanuatu e Guam não punem a homossexualidade, mas também não possuem legislações sobre o tema no que concerne a homofobia ou união civil entre gays.


Lésbicas - O lesbianismo é tolerado e, em alguns casos, até permitido. Em Samoa o sexo homossexual entre as jovens é permitido e as mulheres podem ter relações homoafetivas antes do casamento heterossexual, pois para a cultura local essa tipo de envolvimento é visto como um jogo sem importância e que não trará prejuízos à personalidade da pessoa.


Na Melanésia predomina a bissexualidade, pois segundo a cultura local o sangue menstrual é considerado perigoso, razão pela qual os homens podem trasar entre si durante o período em que as mulheres são consideradas poluídas. Entre elas o sexo gay também é incentivado. Entre alguns grupos, essa tradição é tão arraigada que em um terço do ano não realiza-se sexo heterossexual. É o caso o povo Étoro.


Entre os Marihn-amim a taxa de natalidade é baixíssima em razão do elevado índice de homossexualidade. O fato é que nos mares do sul, a sexualidade ainda é encarada com muito misticismo, apesar dos progressos feitos em algumas das principais nações oceânicas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Europa: o melhor lugar para um gay viver

Em nenhum outro lugar do mundo os gays tm tanta liberdade de exressão quanto na Europa. Graças a isso é que o continente é o que mais rapidamente avança para o fim do preconceito e a concessão irrestrita de direitos civis.

Dos 50 países e territórios da Europa, nenhum criminaliza as relações homossexuais, sendo o único continente possuir tal característica. Em 19 países é reconhecida a união civil homossexual e um reconhece em partes de seu território, enquanto oito permitem adoção por casais do mesmo sexo.

Em 2001, os Países Baixos foram o primeiro país da era moderna a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em 2005 foi a vez da Espanha. Noruega e Suécia reconhecem o casamento civil homoafetivo desde o ano passado. Algumas Igrejas luteranas e reformistas européias, inclusive, são favoráveis às causas homossexuais. Entretanto, alguns países do leste europeu ainda não obtiveram devido progresso frente à causa.

A Europa foi e é pioneira em diversas conquistas gays. A Suécia foi o primeiro país a legalizar a homossexualidade, em 1944, a Noruega, o primeiro a pôr em prática leis anti-discriminação de cunho especificamente sexual, em 1981, a Dinamarca o primeiro a permitir uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, em 1989 e os Países Baixos têm a população mais tolerante no que diz respeito à homossexualidade.

De acordo com a pesquisa feita pela União Européia em 2006, 81% dos neerlandeses eram favoraveis à igualdade plena e total entre os casais homo e heterossexuais, que incluia, entre outros direitos, o de adoção e o de reprodução assistida gratuita - a pesquisa excluia as sociedades da Suíça, Noruega e Islândia, por tais países não fazerem parte do bloco econômico.

Cidades como Amesterdã e Londres, a ilha de Ibiza e as capitais escandinavas, lucram milhões de euros anualmente com o turismo gay e lésbico. Em 2009 o atual Primeiro Ministro de Portugal, José Sócrates e Secretário Geral do Partido Socialista, prometeu legislar a favor do casamento entre pessoas no mesmo sexo como prioridade.

O Parlamento legalizou a proposta de lei em Fevereiro de 2010, e após revisão da constitucionalidade do diploma pelo Tribunal Constitucional, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva promulgou a lei a 17 de Maio de 2010. Portugal tornou-se assim, o sexto país europeu a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e o oitavo globalmente.

Adoção – Em 1999, o governo da Dinamarca permite a homossexuais ligados por união civil a adotar o filho de seu companheiro ou companheira. Dez anos depois, o país aprova o direito de um casal gay adotar em conjunto uma criança. Em 2001, A Holanada se torna o primeiro país europeu a autorizar a adoção por casais gays de crianças sem relação de parentesco. As regras são idênticas à adoção por casais heterossexuais.

Também em 2001, a Alemanha autoriza um membro do casal homossexual a adotar o filho biológico do outro desde que haja união civil. No ano seguinte, a Suécia legaliza a adoção por casais homossexuais desde que haja união civil. Inglaterra e País de Gales permitem, a partir de 2005, que casais gays adotem crianças.

Em 2006, Espanha adota a mesma medida da Inglaterra e a Islândia aprova lei que permite a adoção por casais homossexuais com relação estável de mais de cinco anos, assim como a Bélgica. Em 2008, a Noruega legaliza tanto a união civil entre homossexuais como a possibilidade de adoção de crianças.

Em contraste, desde 2002 entraram em debate três propostas para recriminar a homossexualidade na Rússia, embora que todas tenham falhado, o país não conta com legislação à favor nem contra diretos humanos gays, igualmente como a Ucrânia, Moldávia, Macedônia e outros.

Idenpende dessas questões, a Europa é o melhor lugar para um gay exercer sua cidadania sem maiores restrições. Talvez o alto nível de educação da sua população permita um maior esclarecimento das pessoas, talvez. O fato é que as outras partes do mundo ainda levarão um bom tempo para alcançar os padrões europeus.

Na imagem acima, a divisão da Europa de acordo com a legislação matrimonial homoafetiva. Em azul-marinho os países que reconhecem o casamento homossexual; em azul claro os países que reconhecem união civil; em azul-fúscia os países que reconhecem a união estável homoafetiva; em amarelo os países que estudam a questão; em branco os paíeses sobre os quais não há informações sobre o tema e em vermelho os países que proíbem casamentos entre gays.

Olhar sobre o sagrado

Jock Dean
Da equipe de O Estado


Um município brasileiro do estado do Maranhão com população estimada em quase 23 mil habitantes com uma área de 1.495,6 km². Fundada em 22 de dezembro de 1648, a cidade de Alcântara guarda uma das maiores festas cristãs do país, que não sofreu abalo nem mesmo pela decadência econômica vivenciada pela cidade a partir do século XIX.
A Festa do Divino Espírito Santo relembra a elegância e riqueza vivenciadas durante o seu apogeu econômico. Uma manifestação que, provavelmente, tenha chegado ao Maranhão com açorianos que aportaram na região entre 1615 e 1625. Apesar de sua origem européia, é forte a participação de negros na festa alcantarense, marcada pelo toque das caixeiras e pela distribuição do doce-de-espécie e de licores diversos. Ao lado, o Império com a Imperatriz Maria do Carmo Macedo.


Atualmente, apenas duas caixeiras que participam da festa são alcantarenses: as irmãs Ana Benedita Bezerra, a dona Anica, de 89 anos, a caixeira-mor, e Marlene Silva, Dona Malá. As demais vêm de outras cidades maranhenses especialmente para os 15 dias de festa e são responsáveis pela renovação no toque das caixas. Ao lado, dona Anica, a caixeira-mor de Alcântara.


A festa tem seu apogeu no domingo de Pentencostes, celebrado hoje, mas começa a ser organizada com um ano de antecedência. Os rituais do festejo ocorrem durante 15 dias quando o Mastro do Divino – um tronco com mais de 10 metros de comprimento – é carregado por dezenas de homens em cortejo pelas ladeiras históricas da cidade, seguidos pelas quase sagradas caixeiras, milhares de devotos, músicos e sob foguetório até sua fixação na Praça da Matriz em uma demonstração de força e fé.

Força e fé que se confirmam quando às 4h da manhã as caixeiras, em sua maioria, já acima dos 60 anos percorrem a alvorada pelas ruelas da cidade, conclamando a população para comparecer a missa solene que vai suceder à caminhada das senhoras, quando silenciarem o soar de suas caixas até que a caminhada rumo a preservação da tradição recomece no ano seguinte. Tudo pela lembrança da descida do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos. Acima o cortejjo do mastro.

História - A festa remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV que cultuava a terceira pessoa da Santíssima Trindade com banquetes coletivos no dia de Petencostes. No Brasil a festa chegou junto com os colonizadores portugueses. No Maranhão, o culto teve início com os colonos açorianos, portugueses e seus descendentes, no início do século XVII. Em Alcântara a festa é realizada eminentemente pelos católicos, marcada por rituais na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1665.

Há uma versão de que a Festa de Alcântara teria sido originada quando da frustrada visita de Dom Pedro II à cidade, ocasião em que os negros se reuniram, lavaram um cortejo à Igreja para coroar um Imperador e assim acabaram inventando a festa. O que importa é que essa suposta origem faz parte da festa e do folclore em Alcântara.

Esta matéria foi publicada na edição do dia 22 de maio no caderno Alternativo, em O Estado do Maranhão. As fotos são de Douglas Júnior e a edição de André Lisboa.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

África decreta morte aos gays

Na África a homofobia é incentivada pelo estado quase que como uma política social. O fundamentalismo religioso e a ignorância são os pilares desse comportamento.

A homofobia é um fenômeno que afeta todo o continente africano e seus dirigentes políticos "freqüentemente sopram as brasas". Em termos de homofobia, vários dirigentes políticos não estão imunes. O presidente de Gâmbia, Yaya Jammeh, deu no ano passado "24 horas para os homossexuais e outros criminosos deixarem o país". "Se não os contraventores terão a cabeça cortada", ele acrescentou.


Robert Mugabe, o velho presidente de Zimbábue, no poder desde 1980, também se especializou nas diatribes homofóbicas. Ele apresenta a homossexualidade como uma "doença ocidental", retomando assim uma tese muito popular na África: a idéia segundo a qual a homossexualidade teria sido "importada" pelos ocidentais para o continente negro. E que essas práticas seriam estranhas à cultura africana.


Na África, os defensores dos direitos dos homossexuais são extremamente raros. Cheikh Ibrahima Niang, professor de antropologia social na Universidade de Dacar, recentemente causou sensação no Senegal ao defender os direitos dos homossexuais. Mas ele estava bem isolado em seu país.
Ele constata até um aumento da homofobia: "Sempre houve correntes homofóbicas na sociedade senegalesa, mas elas se tornam cada vez mais fortes", ele salienta em uma entrevista dada à Agência France Presse. Esse aumento da homofobia é instrumentalizado pelos religiosos radicais, muito contentes em denunciar os "danos morais provocados pela ocidentalização da sociedade".

No Malauí um casal de homens homossexuais foi condenado a 14 anos de prisão. Ambos tinham sido considerados culpados por sodomia e atentado grave ao pudor. A sentença foi anunciada na quinta-feira (20).

Em Uganda, desde 2008 tramita um projeto de lei no parlamento do país que criminaliza a homossexualidade. A votação acontece no final desse mês e precisa apenas de maioria simples para ser aprovada. Em 1949 foi aprovada outra ‘lei antigay’ no país. A nova legislação, segundo o deputado David Bahati, autor do projeto, seria um aprimoramento da lei anterior.
Bahati define a homossexualidade como “um mal e um não direito humano que deve ser retirado das ruas”. O projeto de lei prevê até pena de morte para os gays no país. Se ela for mesmo sancionada, Uganda será o quinto país africano a usar a pena capital contra os gays (os outros são Sudão, Mauritânia e regiões da Nigéria e da Somália). Em mais de 30 países do continente a homossexualidade é crime. A exceção é a África do Sul, onde a união é permitida.

Ao todo, 36 países africanos possuem ‘leis antigay’ – mais da metade das nações do continente. No Quênia, processos constitucionais já retiraram conquistas positivas alcançadas antes da proposta de Uganda. A Tanzânia lançou uma campanha contra o ativismo gay, e, na Etiópia, líderes religiosos já se pronunciaram contra o apoio aos direitos homossexuais.

Depois de ter aprovado, em 2006, o casamento gay, a África do Sul tornou-se ainda mais forte nos protestos pela igualdade de direitos para homossexuais. No entanto, o continente onde, acredita-se, surgiu a espécie humana, é o local do planeta onde mais se atenta contra os direitos humanos. Desde então os homossexuais se escondem. Suas famílias e seus amigos ignoram tudo sobre sua preferência sexual. No continente, a homossexualidade é um assunto que faz muita gente se esconder.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

17 de maio: Dia Internacional de Combate à Homofobia

Esse post era para ter sido publicado na segunda-feira, mas alguns problemas técnicos me impediram. Ao longo dessa semana também havia programado uma série de matérias sobre a situação dos gays mundo afora. A série será publicada a partir de amanhã.

Na segunda-feira (17) comemorou-se um grande passo em relação aos direitos civis dos homossexuais: o Dia Internacional contra a Homofobia. Em 1990 foi retificada e, em 1992, retirada oficialmente, pela OMS (Organização Mundia de Saúde), a classificação da homossexualidade como doença.

Se esse ato resolveu questões graves de abuso contra gays e lésbicas por parte das religiões, governos e familiares, ainda se tem muito a trilhar em relação a algo mais ancestral: A imagem negativa que ser gay ainda causa tantos nos héteros como nos homossexuais.


Desde a grande dificuldade dos gays transformarem em orgulho aquilo que era ofensa como, por exemplo, assumir com positividade a palavra viado, até a negação e condenação - por parte de muitos homossexuais - das chamadas bichas afeminadas, percebe-se bem arraigado o ícone do machismo e de sua aceitação no inconsciente da vida gay (os papéis ativo e passivo se referem muito mais ao patriarcalismo do que simplesmente meras preferências sexuais).


Entre os gays ainda encontramos uma homofobia introjetada a ser reduzida e domesticada no processo civilizatório. Nunca vi bees odiarem tanto outros homossexuais só porque elas não se enquadram em seu mundo fechado como, por exemplo, as rixas entre barbies e ursos.


Já entre os héteros, confusos exatamente por essas imagens desconexas emitidas pelos gays - ora de beleza e superioridade ora de perversidade -, acabam também tomando posições que em certo momentos são favoráveis aos direitos gays e em outros esbarram no discurso homofóbico.


Em um certo sentido, as mídias e principalmente a televisão colaboram e estimulam essa dualidade. Recentemente a revista Veja realizou uma matéria positiva sobre os jovens gays e como eles são bem aceitos na sociedade. O tom da reportagem parecia dizer que já não existe mais homofobia no país. Paradoxalmente ao positivar a imagem gay, a reportagem também coloca pra baixo do tapete problemas não solucionados como o alto número de assassinatos por ódio que colocam o Brasil em um ranking privilegiado.


Essa dualidade também acontece na televisão e na cultura das celebridades. A clássica atitude da TV Globo de ter casais homossexuais nas telenovelas, mas que não manifestam carinho e, principalmente não se beijam na boca, é um exemplo da contradição vivida hoje nas telinhas. E a comemorada saída do armário do cantor Ricky Martin veio recheada de muito preconceito, muito além das piadas e do politicamente incorreto.

O fato é que os homossexuais ainda têm muitas imagens para construir e, sobretudo, outras para derrubar.

Casal gay é condenado a prisão no Malauí

Um casal de homens homossexuais foi condenado a 14 anos de prisão no Malauí – um país do sul da África. Ambos tinham sido considerados culpados por sodomia e atentado grave ao pudor.
Steven Monjeza, 26, e Tiwonge Chimbalanga, 20, estavam presos desde dezembro, quando celebraram uma cerimônia tradicional de noivado - pela primeira vez no conservador país africano.

A condenação do casal, no início desta semana, já tinha causado revolta na comunidade internacional. A sentença foi anunciada nesta quinta-feira. Ao proferir a sentença, o juiz Nyakwawa Usiwa-Usiwa, disse: "Darei uma sentença rigorosa para que o público esteja protegido de gente como vocês, para que não sejamos tentados a copiar esse exemplo horrendo".



Segundo o correspondente da BBC Raphael Tenthani, Monjeza começou a chorar ao ouvir a sentença. A correspondente da BBC na África do Sul, Karen Allen, disse que, com a sentença, uma das mais severas já dadas para um casal gay, é possível que o Malauí seja alvo até de ameaças diplomáticas de países europeus.


'Prisoneiros de consciência' - A defesa do casal tentou argumentar, em vão, que ninguém foi prejudicado pelas ações dos jovens. De acordo com Michelle Kagari, vice-diretora para África da Anistia Internacional, o casal pode ser considerado "prisioneiro de consciência".


"Estar em um relacionamento não deveria ser um crime. Os direitos humanos, os direitos à liberdade contra discriminação, à consciência, à expressão e à privacidade deles foram flagrantemente violados", disse Kagari. A ativista classificou a condenação do casal de "passo atrás" para o Malauí.


De acordo com a Anistia, o casal teria sido espancado pela polícia e Chimbalanga teria sofrido exames anais forçados para verificar se o relacionamento foi "consumado". Segundo Kagari, este tipo de exame, sem consentimento, "contraria a proibição absoluta de tortura e outras formas de tratamento desumanas, cruéis e degradantes".


A pressão diplomática pode surtir efeito no país, cujo orçamento para desenvolvimento depende em 40% de doações e ajuda humanitária.

Com informações do portal G1.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cortejos marcaram o domingo em Alcântara


Jock Dean
Enviado especial


O chamado “Domingo do Meio”, ontem, em Alcântara, foi marcado por uma série de cortejos em diversas ruas da cidade logo no início da manhã. As louvações ao Divino começaram ao raiar do sol, quando, acompanhadas pelos toques das caixeiras, bandeiras e pelos músicos, as comitivas dos mordomos e do Império percorreram as ruas convidando todos a seguirem para a Igreja do Carmo, onde foi realizada uma missa solene. No sábado (15), à noite, foi a vez da mordoma-régia visitar a Imperatriz logo após a ladainha, realizada também na Igreja do Carmo.



O “Domingo do Meio” é o anterior ao Domingo de Pentecostes. Nesse dia, às 9h, imperatriz, mordomos e os demais participantes do festejo assistem à missa para em seguida irem até a casa da mordoma-régia para uma festa, pois esse é o seu dia. Depois, todos saem para visitar cada um dos mordomos até o último, ficando o mordomo-régio em sua casa.
A imperatriz, Maria do Carmo Santos Macêdo, suntuosamente bem-vestida de um longo e pomposo vestido cor-de-rosa ricamente bordado, segue pela cidade acompanhada por suas aias (damas de companhia) e um vassalo, tendo, à sua frente, o estandarte vermelho, símbolo do império, e os mordomos que usam ternos escuros, à caminho da casa da mordoma-régia Conceição Lobato Sousa. Ao lado, a Imperatriz, suas duas aias e o vassalo.

“Apesar de muita gente dizer que a tradição está acabando, é sempre uma felicidade muito grande ser escolhida para representar o Império. Muitas meninas que crescem em famílias que cultuam esse ritual desejam participar da realeza”, disse a Imperatriz.


Para a mordoma-régia, receber a visita do Império é um dos momentos mais marcantes do festejo. “As visitas tornam-se um dos rituais mais movimentados da festa quando o cortejo sai pelas ruas de Alcântara e é acompanhado por uma multidão de fiéis e admiradores. Simbolicamente, é o cumprimento de uma frustração da história da cidade que teve anunciada a visita do Imperador Dom Pedro II, mas isso nunca se concretizou”, explicou.


Na casa da mordoma-régia, o cortejo, formado pelo Império e fiéis, encontrou uma recepção com farta mesa de doces, chocolate grosso e licores de jenipapo, maracujá, murici, goiaba, entre outros. Entre os doces havia os tradicionais "doces de espécie" (uma especialidade de Alcântara, cuja receita é transmitida de geração a geração) feitos de massa de trigo, ovos e manteiga com recheio de doce-de-coco.


Pentecostes - De hoje até o Domingo de Pentecostes (23), o Festejo do Divino Espírito Santo segue com vasta programação em Alcântara. Na semana que se segue, durante todos os dias, deve haver uma ou duas festas, dependendo da quantidade de mordomos, pois cada um deles deve visitar o imperador por pelo menos 4 horas, começando às 22h.


De hoje até quinta-feira, acontecerão ladainhas na Igreja do Carmo sempre às 19h30. De terça-feira à sexta-feira, os mordomos visitarão o Império a partir das 21h sempre em cortejos acompanhados pelas caixeiras sob a luz de lanternas coloridas. Na sexta-feira, um boi brabo, com chifres enfeitados de flores e ramagens, seguro por longas cordas e acompanhado pelas caixeiras, percorrerá as ruas da cidade, assustando as pessoas. É o ritual da subida do boi. No dia seguinte, o animal será sacrificado, e serão distribuídas esmolas aos idosos.

No dia de Pentecostes, haverá missa solene na Igreja do Carmo e passeata do cortejo pelas ruas, retornando à Casa do Divino, e procissão com a Coroa do Divino, retornando à Igreja do Carmo, encerrando com a leitura do peloro com os nomes dos novos festeiros para 2011.

Esta matéria foi publicada na edição do dia 17.05 do Jornal O Estado do Maranhão e as fotos são de Douglas Júnior.

Alcântara amanhece ao som das caixeiras na alvorada do Divino


Jock Dean
Enviado especial

A cidade histórica de Alcântara amanheceu ao som das ladainhas da Festejo do Divino Espírito Santo. Como parte da tradição da festa religiosa, logo às 5h, músicos, caixeiras e bandeirinhas (porta-bandeiras) se reuniram em torno do mastro fincado na Praça da Igreja das Mercês, para a tradicional “Alvorada ao pé do mastro da mordoma-régia”. Depois, os festeiros seguiram em cortejo até a casa da homenageada.



Antes de ser fixado na praça, no início da noite de sexta-feira, o mastro foi carregado por cerca de 60 homens pelas ruas de Alcântara, acompanhado em cortejo por milhares de pessoas, entre moradores da cidade e turistas. O ritual de levantamento do mastro da mordoma-régia é um dos pontos altos da programação do festejo.


O dia ainda estava começando a raiar quando a concentração na Praça da Igreja das Mercês iniciou-se. Na "Alvorada", caixeiras e bandeirinhas cantam, dançam e tocam ao pé do mastro por aproximadamente meia hora, retirando-se logo depois para seguirem em cortejo pelas ruas da cidade até a casa da mordoma-régia, onde são servidas de um farto café da manhã.


Dona Ana Benedita Ferreira, a caixeira mais idosa de Alcântara, mais uma vez liderava o grupo. “Não pode existir cansaço durante os Festejos do Divino. A rotina é puxada, mas temos que seguir com ela até o último dia, senão a população esmorece”, considerou.


Reverência - Ao toque solene das caixas, as bandeiras “dançavam” em torno do mastro, realizando uma coreografia de reverência à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. “Os passos são fáceis de fazer, mas é preciso ter um respeito muito grande durante sua realização. Afinal, é uma demonstração de nossa fé, pois o tremular da bandeira em volta do mastro significa que ele está sendo abençoado”, explicou Aline do Carmo, uma das bandeirinhas.


Após meia hora de reverências, o cortejo seguiu pela Rua das Mercês, onde fica a casa da mordoma-régia, Conceição Lobato Sousa. Diferente do ocorrido durante a passeata do mastro, no dia anterior, pouquíssimas pessoas seguiram rumo à casa da mordoma. Ao chegarem, já encontraram as portas da casa abertas. Os participantes do festejo entraram sem muita cerimônia e seguiram direto para o cômodo onde foi montado o altar de honraria ao Divino.


Em frente ao altar branco, ricamente decorado por sedas, velas e alguns bordados, onde no centro via-se a imagem da pomba que representa o Espírito Santo, as caixeiras e bandeirinhas dançaram e cantaram diante do altar. Em seguida, terminado o ritual, que não durou mais que uma hora, da concentração em frente ao mastro até as reverências em frente à imagem do Divino, todos seguiram para a cozinha da casa, onde um banquete já esperava os devotos.


“O café da manhã, ainda que seja simples, representa um instante de congraçamento entre os irmãos. Por isso ele é o último ato dos ritos neste sábado de alvorada”, explica a mordoma-régia, Conceição Lobato. Ainda ontem, foi realizada ladainha na Igreja do Carmo e a visita da mordoma ao Império. Hoje está prevista apenas a realização de uma missa solene na Igreja do Carmo e, em seguida, visita do Império aos Mordomos, a partir das 9h.

Esta matéria foi publicada na edição do dia 16.05 do Jornal O Estado do Maranhão e as fotos são de Douglas Júnior.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Alcântara volta a viver a Festa do Divino



No último fim de semana, estive acompanhando a Festa do Divino Espírito Santo na cidade de Alcântara (MA). A manifestação é a maior e mais tradicional do Brasil em homenagem à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Agora, republico aqui as três matérias que produzi para o jornal O Estado do Maranhão. Abaixo a Rua Grande, por onde uma multidão seguiu o cortejo do mastro da mordoma-régia.

Jock Dean
Enviado especial


Quatorze horas de uma sexta-feira, em torno de um tronco de Pericurana de aproximadamente 12 metros de comprimento, cerca de 20 homens se reúnem para enfeitar cuidadosamente, com galhos de murta, mais uma das suas manifestações de fé e registro de uma tradição secular. Quase duas horas depois, capitaneados por seis caixeiras entoando preces, dezenas de homens carregam em seus ombros, pelas ruas de uma cidade histórica, seguidos por milhares de pessoas, o mastro que seria erguido em homenagem ao Divino Espírito Santo, numa das manifestações populares marcantes do Maranhão.

A cidade é Alcântara, cenário de uma das maiores festas do Divino Espírito Santo do estado e que remonta às celebrações religiosas que aconteciam em Portugal, a partir do século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes coletivos. Com cortejos, visitas e rituais ricos em arte, roupas, canto, dança e culinária, a festa relembra os tempos áureos do Brasil Colonial. Ontem, toda a cidade saiu em cortejo pelo levantamento do mastro da mordoma-régia.

Conceição de Maria Lobato Sousa, mordoma-régia da festa este ano, explica que é uma responsabilidade muito grande estar à frente dessa função, mas que a satisfação é a maior recompensa. “Ao mordomo cabe coordenar o recolhimento de fundos para a festa e coordenar a sua realização, sendo essa função uma forma de pagamento pelo recebimento de uma graça. E eu me sinto muito abençoada pelo Divino, por isso a alegria”, diz ela.

O mastro foi carregado pelas vias de pedra da cidade. Apesar das diversas ladeiras e ruas que formavam o caminho até a Capela de Nossa Senhora do Desterro, em frente onde o mastro foi fincado, os carregadores garantiam que a alegria de manter a tradição lhes dava força para seguir em frente. Na foto acima, cerca de 72 homens carregam o mastro pelas ruas de Alcântara.

Alessandro da Costa, 20 anos, que participou pela primeira vez como carregador, disse que não poderia deixar de seguir o caminho do pai. “É um esforço enorme carregar esse mastro pela cidade, mas quem cresce aqui aprende desde cedo a importância dessa manifestação, ainda mais se a família for muito ligada ao festejo”, afirma.

Cortejo - Foram três horas de passeata pelas principais ruas de Alcântara. Milhares de pessoas acompanharam o cortejo capitaneadas pelas tradicionais caixeiras do Divino. Dona Ana Benedita Ferreira, 89 anos, era a mais idosa do grupo. “Com 16 anos comecei a tocar, incentivada por minha mãe, e nunca mais parei, pois é uma satisfação muito grande”, disse. No entanto, ela lamenta o fato de a tradição das caixeiras estar acabando na cidade. “Hoje somos apenas três, as outras são de outros municípios. As meninas não se interessam pela função”, resigna-se.

Ao longo do percurso, nove paradas foram realizadas em frente às casas dos “festeiros” – pessoas que se propõem a receber a visita do mastro e em troca entregar aos devotos comidas e bebidas como forma de homenagear o Divino Espírito Santo.

Dona Maria de Fátima Ribeiro foi uma das nove festeiras deste ano. Ela, que cresceu acompanhando os cortejos, contou que participar mais ativamente de uma manifestação como essa é sempre uma experiência de fé. “Hoje a festa mudou muito. Tem muita gente que vem só para se divertir, mas quem vive esse momento de fato tem sua fé renovada a cada ano”, assinalou ela.

Antônio José Assis é um dos principais organizadores do festejo em Alcântara. Segundo ele, manter viva a tradição é manter viva a história da cidade. “Sabemos que muita gente vem apenas para brincar, mas o mais importante fica na memória das pessoas: que Alcântara é uma cidade que preserva sua história e que tem um povo orgulhoso disso, por isso, ano após ano, seguimos com esse trabalho”, ressaltou. Acima, o mastro sendo erguido após 3 horas de cortejo pelas ruas da cidade.

Esta matéria foi publicada na edição do dia 15.05 do Jornal O Estado do Maranhão e as fotos são de Douglas Júnior.

A Festa do Divino Espírito Santo


Muitas de nossas mais expressivas manifestações folclóricas possuem origens em terras ibéricas, sendo depois, no Brasil, transformadas pelo povo. Foi o que aconteceu com a Festa do Divino Espírito Santo, que, segundo o folclorista Câmara Cascudo, é uma festa em muitos de seus pormenores made in Brazil, por ter sido construída pelos negros tomando como referência elementos da cultura européia, pois festa chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses do século XVI. A foto acima é do foto-repórter Douglas Júnior, da equipe de O Estado do Maranhão.


De forma mais precisa, Carlos de Lima atribui a origem da devoção à construção da Igreja do Espírito Santo, estabelecida pela Rainha Santa, Isabel, no século XIII em Alenquer, estabelecendo-se no século XVI no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Maranhão e Goiás. Continuando nas prováveis origens da inspiração lusa, o título de Imperador é popularizado na península por Carlos V, genro de Dom Manuel, o venturoso de Portugal.

A partir daí, teria sido a Festa do Divino, com Imperador, mordomos, damas, açafatas, guardas, guerreiros, pajens, música e, antes disso, os cortejos que agenciavam ou complementavam os recursos, um “orgulho reinol” que conquistou o negro escravo e, a partir da Coroa do Divino Imperador, teriam sido originados todos os outros folguedos brasileiros que envolvem um personagem coroado: Reisados, Congos, Congadas e Congados, Coroação de Reis dos Congos, Maracatu, todos influenciados, em sua indumentária e no uso da coroa, pelo Divino.

Maranhão - Existem festas do Divino espalhadas por todo o Maranhão, podendo ser classificadas em pelo menos três formas mais gerais: a famosa Festa do Divino de Alcântara; as Festas do Divino em terreiros de religiões afro-brasileiras e as festas de casas particulares realizadas por pagamento de promessa, devoção ou tradição de família em São Luís.
Nessas três formas mais gerais, temos cerca de 150 festas do Divino cadastradas no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, o que torna a manifestação algo celebrado de forma intensa durante todo o ano no Maranhão.

Isso se dá porque a festa pode acontecer em qualquer data do calendário, de acordo com o dia do santo que é cultuado, havendo festas nos meses de janeiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. Cidades circunvizinhas a São Luís e Alcântara, como Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Rosário e Santa Rita recebem influências dos Divinos festejados naquelas duas cidades. Na foto ao lado, o cortejo do Império pelas ruas de Alcântara.

Alcântara - Em Alcântara a festa é realizada eminentemente pelos católicos, marcada por rituais na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1665, logo, no século XVII. Antes disso, esses rituais aconteciam na Igreja do Rosário dos Pretos, no bairro Caravela. É considerada a maior festa do Divino realizada no Maranhão, por constituir um ciclo que dura o ano inteiro, iniciando-se no Domingo de Pentecostes, quando ocorre o ritual da leitura do "Pelouro" e terminando no Domingo de Pentecostes do outro ano no mesmo ritual de leitura do Pelouro da festa seguinte.

Há uma versão de que a Festa de Alcântara teria sido originada quando da frustrada visita de Dom Pedro II à cidade, ocasião em que os negros se reuniram, lavaram um cortejo à Igreja para coroar um Imperador e assim acabaram inventando a festa. Fato pouco provável historicamente por ser a festa uma herança miscigenada de portugueses e negros, talvez já existente em Alcântara antes da tal malograda visita.

Parece um tanto simplista afirmar que foi criada a partir desse episódio, tendo sido suas inspirações trazidas de Portugal e, depois, foi expandida por todo o Brasil. O que importa é que se as pessoas acreditam nisso e essa suposta origem faz parte da festa e do folclore em Alcântara, tendo de ser levada em conta, ainda que pouco provável historicamente. São as crenças desse povo que fazem dessa festa uma das mais belas do Maranhão, sobretudo pelo modo sério e religioso com que a tratam, o que faz com que os festeiros, faça chuva ou faça sol, cumpram com suas obrigações e com todo o ritual nela existente. Na foto ao lado, as caixeiras de Alcântara.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mídia cor-de-rosa?!


O tema homossexualidade nunca foi tão presente na mídia mundial quanto na última década. O universo gay, seus dramas, conquistas e adversidades são continuamente mostrados e discutidos em reportagens de jornais, revistas e televisão, filmes, novelas, seriados e até em músicas.

Só para ter uma idéia, e citando, no Brasil, somente as novelas, as tramas mais acompanhadas pelo grande público do país, desde Mulheres Apaixonadas – novela da Rede Globo que foi exibida em 2003 – apenas Caminho das Índias, na faixa das 20h da emissora, a de maior audiência no país, não teve um personagem assumidamente homossexual. Até a Record, rede de uma igreja evangélica, não abre mão das personagens gays em suas tramas.

Essa nova realidade pode ser entendida como um reflexo de uma nova sociedade em que o preconceito contra homossexuais tende a diminuir gradativamente em razão do maior espaço que estas pessoas têm para exercer livremente seus direitos.

Que muitas conquistas foram alcançadas pelos gays, especialmente, na última década, é indubitável, mas há quem prefira acreditar que o preconceito não está diminuindo, mas ficando cada dia mais velado em função do apelo econômico, visto que diversas pesquisas têm atestado que homossexuais consomem bem mais que heterossexuais.

O fato é que nunca o tema foi tão discutido por todos quanto agora. Independente da opinião de cada um ou de as lutas dessa classe estarem sendo mostradas da forma correta, todo esse espaço acaba, de alguma forma, forçando as pessoas a encararem a nova realidade social onde os gays são atores preponderantes.

Na grande imprensa nacional, somente esta semana, tanto a Revista Veja, uma das maiores e mais lidas do país e o programa Profissão Repórter da Rede Globo dedicaram suas últimas edições à discussão da nova realidade dos gays no Brasil.

Muitas mudanças ainda precisam ocorrer, não trilhamos nem a metade do caminho para o respeito do gay diante da mídia e da sociedade em geral, mas as mudanças já começaram e isso é um grande trunfo para toda a comunidade gay.

Sobre a realidade de alguns jovens gays brasileiros, leia
aqui reportagem especial da edição dessa semana da Revista Veja. Um bom trabalho dos jornalistas que mostra como alguns jovens conseguiram realizar o desejo de todos os homossexuais: assumir sua sexualidade e manter a família, penas que esses finais felizes ainda sejam poucos dentro desse nosso mundinho.

Michael Jackson não morreu?!


Assim como aconteceu com Elvis Presley, a história de que Michael Jackson não morreu começa a criar vulto. Boatos na internet dizem que o Rei do Pop está vivo e que usa o pseudônimo de Dave Dave, atribuído a David Rothenberg, um americano de 33 anos que, aos 6, teve 90% do corpo queimado e o rosto desfigurado.

Dave, que ficou parecido com o cantor, era amigo de Michael desde a infância. Os fãs alegam que ele morreu e que o Rei do Pop estaria ocupando seu lugar. Na internet, rumores dizem ser evidente que Dave, com sua aparência deformada e a voz fina, é Michael Jackson disfarçado. A polêmica começou depois que ele participou do programa Larry King Live, na CNN.

Então, façam suas apostas!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dificultar o acesso não é crime de racismo

Esse post é uma reflexão acerca de uma situação que presenciei essa semana.


A palavra justiça vem do latim iustitia e de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal ou na sua aplicação a casos específicos. É justamente sobre essa última parte, “sua aplicação a casos específicos”, que eu quero falar.

Sou repórter de O Estado do Maranhão. Na segunda-feira (10) o jornal recebeu uma denúncia de um universitário deficiente visual, que aqui chamarei João, que teria sido vítima de preconceito por parte de um dos seus professores e eu fui designado a apurar o fato.

João me contou que sofre de descolamento da retina – uma doença que leva à perda da visão. Como sua visão já está bastante afetada, para que consiga fazer uma leitura satisfatória, é necessário que os textos sejam adaptados para a fonte Arial Black corpo 30. Em razão disso ele necessita de tratamento especial para conseguir ter acesso ao material de estudos, bem como realizar suas avaliações e por isso, no início de cada semestre, ele avisa aos professores dessa necessidade, sem nunca ter tido algum problema no atendimento dela.

Na segunda-feira ele faria uma avaliação, mas quando a recebeu constatou que o material entregue estava com uma formatação que lhe impediria de realizá-la: a fonte era Times New Roman e o corpo 10. O universitário, então, chamou o professor e mais uma vez explicou que necessitava de uma prova especial, mas o professor teria dito que isso “não era problema seu”.

Sem ter condições de realizar a prova e diante da intrasigência do docente, o aluno fez a única coisa que estava ao seu alcance: foi em busca dos seus direitos na justiça. E lá enfrentou mais um problema, talvez mais grave que o preconceito: o despreparo dos profissionais.

Despreparo - Após contar todo o ocorrido à delegada responsável pelo distrito policial ao qual se dirigiu para registrar boletim de ocorrência para que pudesse, enfim, acionar os órgaos devidos, ele ouve dela o seguinte: “bem, mas nós não podemos enquadrar isso como racismo”.

Ora, racismo não é a única forma de discriminação e embora seja negro, em momento algum o estudante menciou que tivesse sofrido esse tipo de discriminação. Por sorte João, por ser militante, conhece bem seus direitos e estava acompanhado de um amigo que, junto com ele, trabalha no combate à discriminação a defecifientes.

Percebendo o desconhecimento da delegada das leis que tratam sobre o assunto, o acompanhante de João a informou que a lei 5.296/04, também chamada de Lei da Acessibilidade, existe justamente para garantir a todos deficientes acesso aos seus direitos bem como punir quem tentar obstaculizá-los. Após isso levou-se pelo menos meia-hora de discussão acerca da existência e aplicabilidade da lei, que a delegada afirmou desconhecer, até que João pudesse, enfim, registrar sua queixa.

Esse fato, que decerto não é isolado, seja aqui em São Luís (MA), seja em qualquer parte do nosso imenso país, ilustra que tão importante quanto legislar, é preciso preparar a sociedade e, sobretudo, os profissionais que têm o papel de aplicar e fiscalizar o cumprimento das leis, para que todos, independente de portadores de necessidades especiais ou não tenham seus direitos de cidadãos assegurados.

Saiba mais sobre a
Lei da Acessibilidade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Barata contra AIDS?!

Se você é daquelas pessoas que morre de medo de baratas, que tem nojo e que por você elas não existiriam, acho bom rever seus conceitos. Esse post é mais uma ilustração que essas adoráveis coisinhas asquerosas podem ser bem úteis para nós.
De acordo com a Agência Nova China, cientistas do Instituto Médico de Yunnan, no sudoeste do país asiático, afirmam ter encontrado nas baratas componentes químicos que podem auxiliar na luta contra a AIDS, pois possuem efeitos similares aos do AZT.

Os testes conduzidos em laboratório mostraram que a descoberta pode ser realmente eficaz, porém o grupo ainda não garante se os insetos poderão ser usados para produção de medicamento.

Então nada de atentar contra os pobres bichinhos. Da próxima vez que encontrar a barata da vizinha na sua cama, trate-a com carinho.

sábado, 8 de maio de 2010

A diva Camila Ribeiro


“Quando eu me olho no espelho, penso: ‘Como eu sou bonita’”. Se para muitos a frase poderia soar como ausência de modéstia, com Camila da Silva Ribeiro acontece diferente. Quem convive com a moça de 1,80m de altura, 65 centímetros de cintura, 94 centímetros de quadril e 86 centímetros de busto só tende a concordar com a frase recitada matinalmente. Esbanjando - além da beleza nata - charme, elegância e porções colossais de carisma e humildade, ela já viveu muitas situações peculiares no decorrer dos seus 20 anos de vida.

Olhando a negritude e os cachos de tons avermelhados e esvoaçantes de Camila Ribeiro, é natural pensar que, para uma moça tão bela, poucas dificuldades se estabeleceriam. Porém, a sua luta começou desde muito cedo. Camila Ribeiro foi criada, desde os 7 anos, no São Raimundo, um dos bairros periféricos de São Luís, estudou em escola pública, descobriu aos 9 anos que foi adotada pela mãe Maria Celeste Ribeiro e que tinha um irmão gêmeo.

Mas desde pequena sua beleza a destacava do restante da multidão. Saiba mais sobre a trajetória de Camila Ribeiro lendo, na íntegra, a reportagem de Thamirys D’Eça publicada em na edição do dia 18 de abril em O Estado do Maranhão e republicada hoje no blog da jornalista:
Na ponta do lápis, a cor do batom.

Por que Camila Ribeiro merece ser a Miss Brasil 2010

Tendo em vista as últimas eleitas, acredito que falta a conscientização de termos uma Miss original, com características da raça brasileira, sem precisar de transformações que não representam a realidade da nossa beleza.

Nascida na capital do Estado, São Luis, a miss Camila Ribeiro tem o sonho de se formar em pedagogia. Hoje, aos 20 anos, ela conta que sonha com a coroa desde os 15, quando assistia pela televisão os desfiles e concursos. Para manter o corpo de 60 kg em 180m de altura, em um manequim 38, a morena faz caminhadas e tenta manter uma dieta balanceada, apesar de seu prato preferido ser massa. Apaixonada por MPB e Reggae, a miss diz que seu hobby é cantar e dançar.

Muitas candidatas hoje passam anos para se transformar em uma pessoa artificial e com rostos abonecados e fora dos nossos padrões. Por que ter medo de eleger uma cabocla, negra e só acharem que o belo se encontra apenas em rostinhos com olhos azuis, cabelos loiros lisos o bastante e ter 1,78m, 1,80m?

Claro que em um país tão vasto territorial e culturalmente quanto o nosso, temos mulheres com as mais diversas características: da sensual negritude africana à suposta fragilidade da loirice européia, passando pela força da pele avermelhada dos índios.

Camila Ribeiro tem classe, carisma, charme, elegância, sofisticação e humildade naturais. Bastam cinco minutos de conversa para perceber que por trás do sorriso aparentemente frágil, há uma mulher forte e determinada que desde a infância mostrou-se ser destinada à vitória.

Tive a oportunidade de entrevistá-las nos dias que antecederam sua escolha como Miss Maranhão e percebi a pessoa que ela é, por isso, deixando de lado o regionalismo, torço por ela. Então, vamos ajudá-la a chegar entre as 15 finalistas e assim aumentar suas chances de estar entre as cinco meninas que disputarão, de fato, o título de mulher mais bela do país e atributos para isso, sobram em Camila.Como você poide conferir abaixo:

Para votar nela clique aqui ou mande um SMS para 72260 digitando o número 10 no corpo da mensagem ou ligue para 014 41 8401 0401 e digite 10.

Miss Brasil 2010 será eleita hoje

A apresentação ficará por conta de Nayla Micherif, Miss Brasil 1997, e de Otávio Mesquita, além de contar com a participação da jornalista Nadja Haddad nos bastidores do evento.

Júri - Até o momento, já estão confirmados para o júri a apresentadora Adriane Galisteu, o ex-jogador Edmundo, o hair stylist Marco Antonio de Biaggi, o estilista Ricardo Almeida, o músico Ivo Meirelles e o estilista Walério Araujo. Um novidade deste ano é que a 15ª colocada será eleita pelo público por meio de votação via internet, portal de voz e SMS.

Estilistas – O concurso incorporou à realização deste ano um tributo a cinco estilistas brasileiros falecidos - entre eles Clodovil Hernandez, que morreu em 17 de março do ano passado, aos 71 anos, e Dener, morto em 9 de novembro de 1978, aos 41.

A tarefa de lembrar o estilo de Clodovil, que acabou ganhando ainda mais fama como apresentador e deputado federal, caberá a Walério Araújo. Já Dener será reverenciado pelas roupas criadas por Arnaldo Ventura. Os dois estilistas encarregados de resgatar o espírito dos dois ícones da alta-costura nacional pertencem à Casa de Criadores.

A idéia de convidar o grupo partiu dos organizadores e eles sugeriram as homenagens para o traje casual. Além de Dener e Clodovil serão lembrados Conrato Segreto por Geraldo Couto; Ney Galvão, tarefa de Cynthia Hayashi; e Markito, recriado por Gustavo Silvestre.

Copa 2010 - Neste ano, além das quatro entradas tradicionais das concorrentes - de biquíni, maiô, em roupa de gala e casual -, foi criada também uma aparição em estilo esportivo em função da Copa do Mundo 2010. Na primeira entrada, as meninas usarão roupas em que predominam as cores verde, amarelo, azul e branco, aproveitando o mote da presença da seleção brasileira na Copa da África do Sul.

A vencedora será coroada pela atual Miss Brasil, a potiguar Larissa Costa, de 26 anos, e receberá como prêmio um carro zero quilômetro e R$ 200 mil em contratos de trabalho e jóias. Latino, Léo Maia e Marina Elali serão as atrações musicais durante a transmissão ao vivo pela emissora. A Miss Universo 2009, Stefania Fernández, também está entre as personalidades confirmadas para o evento.
E o blogueiro aqui aproveita o ensejo para fazer campanha para a Miss Maranhão, Camila Ribeiro. Para votar nela clique aqui ou mande um SMS para 72260 digitando o número 10 no corpo da mensagem ou ligue para 014 41 8401 0401 e digite 10. Ao lado a representante do Maranhão no concurso, a Miss Camila Ribeiro.

Seis coisas que você não sabe sobre mim

Vamos brincar?


Hoje recebi uma brincadeira muito legal da Aninha Coaracy. Adorei, pois é a primeira vez que recebo uma brincadeira desse tipo, então, vamos em frente.

Tenho a discografia Banda Calypso – Ouvia quando adolescente e acho o ritmo bom de dançar, embora eu não o saiba. Tenho todos dos CDs e DVDs da banda. Alguns ganhei de amigos, outros de parentes, mas a maioria fui eu mesmo que comprei.

Sou muito tímido – Eu sou um poço de timidez quando o assunto é relacionamento pessoal. Daí você poderia me perguntar: como pode um jornalista ser tímido? Porém, vale ressaltar que são situações distintas. Quando estou a trabalho, sou um “chato de galocha”, mas estou sob a proteção da profissão que exige esse tipo de postura e é também uma espécie de aval. Agora em outras situações. Somente com três amigas minhas sou um porra louco desbocado (Thamirys, Carla e Aline). Outro dia, quando um amigo meu comentou com outros amigos nossos a forma como eu me beijei com um certo alguém, quase morro de tanta vergonha.

Estou solteiro há 2 anos – Em razão dessa minha timidez doentia, passo longos períodos sozinho. Por mais que eu esteja afim de alguém, não tenho coragem de chegar junto. Eu travo. Dizer um mero Oi é um exercício de coragem sem precedentes. Em toda a minha vida, conto nos dedos de uma mão as vezes que tomei a iniciativa em uma paquera e isso também intimida a pessoa que acha que eu não estou afim, por isso a solteirice. As pouquíssimas relações que tive só aconteceram porque o outro chegou em mim.

Eu sonho em casar e ter um filho – Apesar de querer sempre bancar o marrento, o desapegado, o superficial, o frio e afins, eu sou um romântico inveterado. Sonho em casar e ter um filho biológico. Como disse a um amigo meu outro dia, serei um homem extremamente frustrado se chegar aos 25 anos sozinho, sem perspectivas de formar uma família, ainda que profissionalmente eu seja plenamente realizado.

Eu odeio o Natal – Odeio! Aquele clima todo de felicidade, aquela alegria estampada no sorriso das pessoas, aquele ar esperançoso do chegar do novo ano me deixa muito triste. Tenho péssimas e tristes lembranças dos meus natais passados, por isso detesto esse clima todo.

Eu tenho medo de entrar em depressão – Eu tenho uma facilidade muito grande de ficar triste. Sou muito suscetível a esse sentimento. Qualquer coisa, por mais boba que seja, me entristece e me faz chorar. Já tive períodos em que me isolei, não falava com ninguém, não saia de casa e já até pensei em morrer. Houve tempos em que chorava todos os dias. Tenho medo de deprimir e acabar com minha vida e perder meus amigos em função disso.

E aí? Acha que sou Emo em função de não gostar do Natal ou de ter medo de deprimir? Acha que sou um idiota alienado por ouvir Calypso? Acha que sou inseguro por causa do meu medo de paquerar as pessoas? Ficou decepcionado achando que fosse contar coisas mais empolgantes? Já sabia de tudo isso?

Enfim, ainda podemos ser amigos?

Agora passo a vez para
Carla Said, Strovenga, Bruno, Wilson Lima, Ronaldo Rocha e César Sacanssetti.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Os patinhos feios da Copa 2010

Apesar de jogarem muito e terem salários milionários, alguns jogadores comprovam que dinheiro não compra beleza.

Um dos exemplos é o atacante do Manchester United e da seleção inglesa, Wayne Rooney (foto), que é comparado ao personagem Shrek.

A Copa do Mundo da África do Sul vai reunir alguns desses patinhos feios e por isso o Portal Virgula listou os feiosos da bola. Na lista tem até um brasileiro.

Clique
AQUI e veja os belos.