terça-feira, 25 de maio de 2010

Homossexualidade masculina é punida na Oceania

O misticismo religioso é p principal entrave dos povos oceânicos em avançar na luta e conquistas dos direitos LGBT. Enquanto a homossexualidade masculina é criminalizada, a feminina é incentivada em diversas culturas.

Dos vinte países e territórios da Oceania, doze possuem legislação que criminaliza as relações sexuais entre pessoas do mesmo gênero. Dentre estes, dez punem apenas relacionamentos entre homens. Dois países possuem legislação favorável à união civil e outro está analisando a hipótese. No continente, somente a homossexualidade masculina é punida. No caso das lésbicas, o comportamento é incentivado em alguns povos.



Na Austrália, maior país da região, há a possibilidade de parcerias domésticas em todos os Estados, com exceção da Austrália do Sul e Victoria. O casamento entre pessoas do mesmo gênero foi proibido por uma determinação federal. Mesmo assim, a Tasmânia propos a legalização do casamento homossexual em abril de 2005. Aliás, o país é o mais tolerante às causas gays, possuindo, em âmbito nacional, leis anti-homofobia.


Nas Ilhas Cook a somente a homossexualidade masculina é punida. As penas variam de multas a 14 anos de detenção. O mesmo acontece em Papua-Nova Guiné, Kiribati, Ilhas Salomão, Tuvalu e no Fiji, mas em contrasenso, esse possui leis que punem a homofobia. A lei foi considerada como incostitucional pela Suprema Corte do Fiji no dia 26 de agosto de 2005.


Nas Maldivas, Tonga, Niue e nas Ilhas Marshall a homossexualidade masculina também é punida com até 10 anos de detenção ou multa. Na Samoa a pena de prisão pode chegar a 7 anos. Na Nova Caledónia estuda-se o reconhecimento da união civil homoafetiva o que já acontece na Nova Zelândia.


Países como os Estados Federados da Micronésia, Taiti, Nauru, Vanuatu e Guam não punem a homossexualidade, mas também não possuem legislações sobre o tema no que concerne a homofobia ou união civil entre gays.


Lésbicas - O lesbianismo é tolerado e, em alguns casos, até permitido. Em Samoa o sexo homossexual entre as jovens é permitido e as mulheres podem ter relações homoafetivas antes do casamento heterossexual, pois para a cultura local essa tipo de envolvimento é visto como um jogo sem importância e que não trará prejuízos à personalidade da pessoa.


Na Melanésia predomina a bissexualidade, pois segundo a cultura local o sangue menstrual é considerado perigoso, razão pela qual os homens podem trasar entre si durante o período em que as mulheres são consideradas poluídas. Entre elas o sexo gay também é incentivado. Entre alguns grupos, essa tradição é tão arraigada que em um terço do ano não realiza-se sexo heterossexual. É o caso o povo Étoro.


Entre os Marihn-amim a taxa de natalidade é baixíssima em razão do elevado índice de homossexualidade. O fato é que nos mares do sul, a sexualidade ainda é encarada com muito misticismo, apesar dos progressos feitos em algumas das principais nações oceânicas.

3 comentários:

Anônimo disse...

parabéns pela reportagem

yane disse...

Tu deverias andar com o pessoal do CCH!

Jock Dean disse...

Rum...! Eu não sou ativista, apenas estou pesquisando sobre a realidade das colegues mundo afora e divulgando para os ignorantes.

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