sexta-feira, 21 de maio de 2010

África decreta morte aos gays

Na África a homofobia é incentivada pelo estado quase que como uma política social. O fundamentalismo religioso e a ignorância são os pilares desse comportamento.

A homofobia é um fenômeno que afeta todo o continente africano e seus dirigentes políticos "freqüentemente sopram as brasas". Em termos de homofobia, vários dirigentes políticos não estão imunes. O presidente de Gâmbia, Yaya Jammeh, deu no ano passado "24 horas para os homossexuais e outros criminosos deixarem o país". "Se não os contraventores terão a cabeça cortada", ele acrescentou.


Robert Mugabe, o velho presidente de Zimbábue, no poder desde 1980, também se especializou nas diatribes homofóbicas. Ele apresenta a homossexualidade como uma "doença ocidental", retomando assim uma tese muito popular na África: a idéia segundo a qual a homossexualidade teria sido "importada" pelos ocidentais para o continente negro. E que essas práticas seriam estranhas à cultura africana.


Na África, os defensores dos direitos dos homossexuais são extremamente raros. Cheikh Ibrahima Niang, professor de antropologia social na Universidade de Dacar, recentemente causou sensação no Senegal ao defender os direitos dos homossexuais. Mas ele estava bem isolado em seu país.
Ele constata até um aumento da homofobia: "Sempre houve correntes homofóbicas na sociedade senegalesa, mas elas se tornam cada vez mais fortes", ele salienta em uma entrevista dada à Agência France Presse. Esse aumento da homofobia é instrumentalizado pelos religiosos radicais, muito contentes em denunciar os "danos morais provocados pela ocidentalização da sociedade".

No Malauí um casal de homens homossexuais foi condenado a 14 anos de prisão. Ambos tinham sido considerados culpados por sodomia e atentado grave ao pudor. A sentença foi anunciada na quinta-feira (20).

Em Uganda, desde 2008 tramita um projeto de lei no parlamento do país que criminaliza a homossexualidade. A votação acontece no final desse mês e precisa apenas de maioria simples para ser aprovada. Em 1949 foi aprovada outra ‘lei antigay’ no país. A nova legislação, segundo o deputado David Bahati, autor do projeto, seria um aprimoramento da lei anterior.
Bahati define a homossexualidade como “um mal e um não direito humano que deve ser retirado das ruas”. O projeto de lei prevê até pena de morte para os gays no país. Se ela for mesmo sancionada, Uganda será o quinto país africano a usar a pena capital contra os gays (os outros são Sudão, Mauritânia e regiões da Nigéria e da Somália). Em mais de 30 países do continente a homossexualidade é crime. A exceção é a África do Sul, onde a união é permitida.

Ao todo, 36 países africanos possuem ‘leis antigay’ – mais da metade das nações do continente. No Quênia, processos constitucionais já retiraram conquistas positivas alcançadas antes da proposta de Uganda. A Tanzânia lançou uma campanha contra o ativismo gay, e, na Etiópia, líderes religiosos já se pronunciaram contra o apoio aos direitos homossexuais.

Depois de ter aprovado, em 2006, o casamento gay, a África do Sul tornou-se ainda mais forte nos protestos pela igualdade de direitos para homossexuais. No entanto, o continente onde, acredita-se, surgiu a espécie humana, é o local do planeta onde mais se atenta contra os direitos humanos. Desde então os homossexuais se escondem. Suas famílias e seus amigos ignoram tudo sobre sua preferência sexual. No continente, a homossexualidade é um assunto que faz muita gente se esconder.

6 comentários:

Ricardo disse...

O continente africano é sem dúvida um dos mais atrasados, tenho muita pena de quem nasce lá, muitas dificuldades as pessoas enfrentam naquela terra!

Anônimo disse...

Eles estão certos. No Brasil o mesmo poderia valer. É levar à morte pessoas que se dedicam a essa prática desumana e irracional. Que morram os homossexuais.

Anônimo disse...

Eh sim cara, os gays tem que morrer. huauhassa

Anônimo disse...

concordo com isso, no brasil isso poderia ser válido, alias no mundo todo..

Alex Mayer disse...

o continente africano é muito atrasado, enquanto a Argentina e varios outros países permitem o casamento gay eles envez de ficarem calados como no Brasil e nem se pronunciar fazem leis para a apreensão dos homossexuais, isso é um absurdo...

Anônimo disse...

que absurdo!.A homossexualidade é uma coisa natural.A pessoa não é obrigada a gostar de uma coisa que ela nãõ gosta.ATÉ QUANDO O PRECONCEITO VAI EXISTIR!!,eis a questão.

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