“Há flores de cores concentradas. Ondas queimam rochas com seu sal. Vibrações do sol no pó da estrada. Muita coisa, quase nada. Cataclismas, carnaval. Há muitos planetas habitados e o vazio da imensidão do céu. Bem e mal e boca e mel e essa voz que Deus me deu, mas nada é igual a ela e eu.” (Caetano Veloso)

Entre as gírias gays há uma que gostaria de destacar hoje: tata. O termo refere-se à mulher que possui um melhor amigo gay.
Ela, por coincidência, ironia do destino ou predestinação, tem como inicial do seu nome a sílaba Tha. Não importa, o fato é que sou seu amigo e ela, minha Thata, me intriga demais.
A gente nunca sabe como nasce uma amizade. Costuma-se dizer que amigos são os irmãos que escolhemos, eu prefiro crer que são os que descobrimos. Nunca temos certeza sobre o quanto alguém é nosso amigo até que chegue aquele momento crucial da nossa vida em que temos que escolher em seguir ou parar e foi nesse momento que ela me deu sua mão e disse “eu vou

Lembro ainda hoje do dia em que a conheci. Confesso que não fui muito com a cara dela no primeiro instante. Caminhamos muito até chegar na

O tempo foi passando. Algumas conversas. Alguns passeios. Muitos amigos em comum. Alguns goles compartilhados por aí. Foi em um desses que tudo definitivamente começou. Lembro desse dia. Um bar. Algumas cervejas. Alguns amigos e um papo daqueles. Depois um Jogo da Verdade. Ela, sempre curiosa, decidiu que era a hora de me fazer as perguntas que nunca pudera fazer e das quais eu sempre fugi.
Todas as dúvidas se dissiparam. A insegurança saiu pela porta. E a certeza que nunca mais estaria sozinho comigo mesmo se instalou. Aos poucos ela me incluiu no seu também sempre tão fechado infinito particular e as afinidades, mais que isso, as cumplicidades, se revelaram acima de todas as coisas.
Os mesmos sonhos, desejos, vontades, fetiches, futilidades. Os mesmos sentimentos dos outros por nós, por vezes, por tabela, só pela amizade. A mesma forma de ver e querer o mundo. E o desejo sobre-humano de ter o outro para si, só para si.
Eu ainda caio, às vezes, mas ela está lá, sempre forte para me carregar em seus braços delicados. Os mesmos com os quais faz tremular suas longas saias enquanto danço ao seu redor, como um planeta atraído por sua estrela. Se ela cai, eu levanto, mesmo sem forças, só para vê-la sorrir exageradamente, arrancando de mim riso pelo seu sorriso.
Eu a escolhi para pô-la no meu altar particular. Nela não ouso tocar, nem ofender, nem desatender e ai de quem o fizer.


Não, o que sinto por ela não é amizade. Não, ela não é minha amiga. Ela é o meu amor. Minha parceira, cúmplice, companheira, comparsa. Minha Thamirys. Há três anos. Os mais felizes e frenéticos que já vivi. Eu te amo você. Meu mundo você é quem faz. Obrigado por segurar sempre a minha mão. Que mais três vidas venham para nós.
2 comentários:
A resposta que foi dada antes mesmo da pergunta: http://lapisebatom.blogspot.com/2010/06/este-homem-e-meu.html
hehe
Amor, eu amo você.
Thamirys, você precisa de um homem pra chamar de seu mesmo que esse homem seja eu. hehehe
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