terça-feira, 7 de setembro de 2010

Já não dava pra esconder essa paixão

Lembram quando eu disse que em meados dos nos 1980 Marina se tornaria um dos nomes mais proeminentes do rock brasuca? Pois bem, estamos em 1985 e Marina está mais rock do que nunca em sua carreira. Desde o início que os flertes da cantora com o rock são perceptíveis, mas nos dois álbuns que se sucederam ao Fullgás isso ficou bem marcado no universo da obra da cantora e compositora.

Nesse ano, Marina lançou o Todas que a consolidou definitivamente no cenário artístico brasileiro. O sucesso do LP deu origem a projetos mais ambiciosos: o álbum Todas Ao Vivo e o show – que virou especial na extinta Rede Manchete – Sexo é bom – Todas Ao Vivo. O novo trabalho musical trazia releituras de canções que já estavam no Todas, como: “Me chama”, “Difícil”, “Nada por mim”, “Eu te amo você” e “Veneno”, além de novas versões para “Fullgás”, “Noite e dia” e “Ainda é cedo”, de Renato Russo. Além da inédita “Pra começar”, tema de abertura da novela “Roda de Fogo” da Rede Globo.

Lançado em 1986, o Todas Ao Vivo, é o registro do show realizado no Canecão (RJ) com a turnê do álbum anterior e foi a sagração de Marina como um dos maiores nomes do rock-Brasil. O álbum traz um rock típico dos anos 1980, mas claro, com a leitura sempre pessoalíssima de Marina. Acompanhada da banda “Põe pra Fora” (formada por Paulinho Guitarra, Jorjão Barreto, Renato Rocketh, Sergio Dellamonica e Luizão Ramos), a cantora abre e fecha o disco com canções inéditas.

Abrindo o LP, “Pra começar”, canção inédita de Marina e Cícero que - sendo tema de abertura da novela global "Roda de Fogo" - logo virou mais um hit da sua carreira. A canção trata de valores perdidos pela humanidade e a busca desta por novos caminhos, motivações, emoções. A segunda canção também é novidade na voz de Marina. “Ainda é cedo”, da banda Legião Urbana, ganha (re)gravação numa versão eletrizante da feita por Marina, muito além da morosidade de Renato Russo.

Carioca que cresceu em Washington (EUA), Marina é uma mulher urbana e isso transparece em sua obra. A canção “Veneno” que ganha um intróito baseado no poema “Cícero e Marina”, ambos do LP Fullgás, traduz essa urbanicidade romântica que é complementada pelo medley “Noite e dia/Me chama”. Sua veia rock pulsa mais uma vez na segunda das suas três versões para a música “Difícil”. É dessa versão do improvisado versinho: ela é bela, por que não comê-la?

Das suas lembranças dos EUA, “Lady sings the blues” do Billie Hollyday formando outro medley, desta vez com “Doida de rachar”, versão de Marina para “Maxine” de Donald Fagen. Nessa faixa, Marina recomeça a canção, por achar que a primeira tentativa não foi tão boa. Isso traduz a busca da cantora pelo verso sempre perfeito, mas tudo com muita tranquilidade.

Depois disso uma sequencia de três grandes hits que fizeram do álbum o sucesso de vendas que ele foi. “Fullgás”, segunda do total de cinco da cantora para essa canção, vem ainda mais pop que na sua versão original. “Nada por mim” desacelera o ritmo frenético deixado pela canção anterior e seu romantismo natural se antecipa a “Eu te amo você” que é iniciada em uma versão voz e platéia para depois seguir-se elétrica. Ciente que a beleza de seu trabalho deve-se também à qualidade dos músicos que a acompanham, Marina apresenta sua banda na inédita “Põe pra fora”.

Assim como seu percussor (Todas), o Todas Ao Vivo, me trouxe a dupla “Eu te amo você” e “Nada por mim”, canções cujos versos ainda hoje entoam minha vida amorosa. As canções falam por si.

Se Fullgás transformou Marina em cantora popular, foi com Todas, lançado em 1985, que Marina virou fenômeno musical. Canções como a emblemática “Difícil” e as populares “Eu te amo você” de Kiko Zambianchi e “Nada por mim”, composta para Marina pelo então casal Herbert Vianna e Paula Toller, viraram hits históricos da carreira da cantora.

O LP possui ainda canções menos conhecidas como “Onde? (Orminda…)” e “Por querer (Todas)” que são verdadeiras jóias musicais. Todas Ao Vivo foi o maior sucesso de vendas de Marina, até então, com 250 mil cópias, que garantiu disco de platina. O ponto alto do pacote álbum mais show foi o VHS lançado pela Manchete Vídeo Sexo é bom – Todas ao Viv”. O registro, que até hoje não teve sua comercialização em DVD, é uma grande oportunidade para ver Marina cantando em sua grande forma imersa no rock.

Continue acompanhando os textos da série Especial Marina Lima e ouça algumas das canções do disco.

Pra começar


Ainda é cedo


Nada por mim


Eu te amo você

3 comentários:

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