Hoje faz exatamente três meses que faço terapia. Que a faço de verdade. Não foi fácil. Precisei encarar meus medos de frente, mas, principalmente, quebrar alguns preconceitos com relação à psicoterapia.
Eu deveria ter começado há anos, há 5 anos, quando fiquei com a cabeça uma bagunça por causa da pressão do vestibular, do trabalho, da família, da minha homossexualidade reprimida. Um caos. Pensei em desistir várias vezes...
Fiquei todo esse tempo enrolando. Ia, não ia. Fui! Estava mais acuado que rato, mas ainda bem que fui. Eu realmente vejo as coisas com mais clareza agora, aprendi a lidar melhor com determinadas situações, em especial as que me deixavam péssimo. Até minha saúde física melhorou. Nada de dores ou febres inexplicáveis.
Nestas duas últimas semanas do ano não terei sessão. A Márcia, minha terapeuta, está de recesso. Tudo bem. Eu consigo caminhar sem as muletas. Adquiri um novo hábito. Quando não está sendo fácil, paro e escrevo tudo o que se passa em minha cabeça. Ajuda a organizar as idéias, mas nos últimos tempos não têm sido difícil.
Não sei quanto tempo mais terei de continuar com as sessões. A Márcia disse que já podemos começar a falar em alta, então vamos acompanhar.
Enquanto isso, fiquemos com a excelente Casa e Jardim, lançada por Marina Lima no seu disco Abrigo (1995). Após a morte do pai, em 1993, a cantora entrou em depressão. Parou de compor, cancelou todos os shows e só retornou aos palcos em 2000, com o excelente show e disco Síssi na sua.
Abrigo foi o primeiro disco dos três lançados por Marina nesse período em função do seu contrato com a gravadora EMI. Ele é também o único trabalho em que ela não assina nenhuma das faixas. Marina veio apenas como intéprete das canções, buscando abrigo para a sua dor nas palavras alheias, produzindo um dos mais sofisiticados e conceituais álbuns da sua carreira.
Abrigo foi o primeiro disco dos três lançados por Marina nesse período em função do seu contrato com a gravadora EMI. Ele é também o único trabalho em que ela não assina nenhuma das faixas. Marina veio apenas como intéprete das canções, buscando abrigo para a sua dor nas palavras alheias, produzindo um dos mais sofisiticados e conceituais álbuns da sua carreira.
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