E vamos continuando a contagem regressiva sobre o meu inferno astral?
Pois bem, hoje vamos falar sobre uma das minhas primeiras paixões verdadeiras: a banda Calypso. Sim, queridos, eu adoro Joelmão e companhia.
Tudo começou nos idos de 2001 quando casualmente eu ouvi o seguinte verso no rádio:"Selma nas estrelas, Selma ns estrelas, Selma nas estrelas".Que tempos depois eu descobri se tratar, na verdade, de "se amar nas estrelas", mas enfim...Eu tinha 13 anos, então.
Eles haviam lançado seu segundo disco. Um álbum gravado ao vivo em Recife (PE), cidade na qual se radicaram logo após lançar o primeiro CD, em 1999, na cidade de Belém (PA), de onde a banda é.
De imediato, o que me encantou na banda foi o ritmo diferente.Era altamente dançante, mas não era forró. Tinha um quê popular, às vezes, folclórico. Não sei bem ao certo em que programa de televisão os vi pela primeira vez. Mas quando olhei aquela loira vestida de forma carnavalesca e dançando loucamente: paixão!
Eles eram perfeitos para mim. Joelma era loira, mas como uma anti-musa. Nada de sensualidade e fascínio. Péssima cantora, dançarina razoável, coreógrafa regular, figurinista de gosto duvidoso, mas que, no conjunto da obra, achava uma harmônia deliciosa que fazia toda aquela “breguice” parecer natural.
O primeiro show em que fui, 2003, está na galeria dos melhores show da minha vida. A banda na sua melhor fase. Tudo soava ainda tão amador, mas nem por isso o espetáculo deixava de ser grandioso. Mais de duas horas de show, Joelma usando até seis figurinos por noite, botas de salto altíssimos, cabelo jogado freneticamente para todos os lados e um rebolado espontâneo, mas que cuidava para não ser vulgar. Definitivamente, a Calypso teve muito mais representatividade na minha adolescência que qualquer boy ou girl band. Desculpe-me, Britney Spears.
Esse gosto me acompanhou até a universidade. O toque do meu celular era uma música da banda, assim como o meu wallpaper. E a cara dos intelectuais (ou intelectualóides) em relação à minha baixa-cultura? Não ligava para isso à época e muito menos hoje.
É bem verdade que ouço bem menos o Calypso que naquela época, mas é normal. Agreguei outros artistas e valores à minha cultura musical, porém mantenho muito bem guardados todos os CDs e DVDs que comprei da banda aos quais recorro vez ou outra.
Diferente de uma série de outros artistas populares, eles nunca se renderam aos modismos, nem mesmo àqueles que surgiram em seu estado natal. Desafio alguém a achar uma faixa de tecnobrega na discografia da banda, que conta atualmente com 20 álbuns, entre coletâneas, ao vivos e estúdios.
Da sua salada musical, que misturava calipso, lambada, salsa, merengue, carimbó, siriá, iêiêiê, folk, gypsi, bolero, reggae e outros ritmos, resulta um som peculiar, que nem mesmo as bandas do gênero surgidas à mesma época conseguiam imitar.
Talvez por que, além de vender discos, Joelma e Chimbinha colocassem altas doses preocupações pessoais em seus discos. Em suas canções, festas, encontros, desencontros, romances e até gospel, mas nada do “beber, cair, levantar” que dominava as rádios da época. Em seus figurinos, roupas justas e curtas, mas sem calcinhas à mostra. A justificativa? Seus shows eram para a família, definia Joelma.
Isso tudo conferiu a eles uma certa independência no mercado fonográfico nacional, o qual, aliás, eles suverteram, chegando às paradas de sucesso sem ter nenhuma gravadora por trás. Tudo foi fruto da cabeça da dupla Joelma e Chimbinha, fórmula que seguem até hoje. Ousaria dizer que eles fizeram uma nova revolução na música pop nacional.
É por essa razão que o dia de hoje será ao som de Dançando Calypso, mais conhecido como Cavalo manco. A canção é do primeiro disco da banda, lançado em 1999, e é o maior clássico da sua carreira. Um hino. A versão que compartilho é a do primeiro DVD da banda, lançado em 2004.
Pois bem, hoje vamos falar sobre uma das minhas primeiras paixões verdadeiras: a banda Calypso. Sim, queridos, eu adoro Joelmão e companhia.
Tudo começou nos idos de 2001 quando casualmente eu ouvi o seguinte verso no rádio:"Selma nas estrelas, Selma ns estrelas, Selma nas estrelas".Que tempos depois eu descobri se tratar, na verdade, de "se amar nas estrelas", mas enfim...Eu tinha 13 anos, então.
Eles haviam lançado seu segundo disco. Um álbum gravado ao vivo em Recife (PE), cidade na qual se radicaram logo após lançar o primeiro CD, em 1999, na cidade de Belém (PA), de onde a banda é.
De imediato, o que me encantou na banda foi o ritmo diferente.Era altamente dançante, mas não era forró. Tinha um quê popular, às vezes, folclórico. Não sei bem ao certo em que programa de televisão os vi pela primeira vez. Mas quando olhei aquela loira vestida de forma carnavalesca e dançando loucamente: paixão!
Eles eram perfeitos para mim. Joelma era loira, mas como uma anti-musa. Nada de sensualidade e fascínio. Péssima cantora, dançarina razoável, coreógrafa regular, figurinista de gosto duvidoso, mas que, no conjunto da obra, achava uma harmônia deliciosa que fazia toda aquela “breguice” parecer natural.
O primeiro show em que fui, 2003, está na galeria dos melhores show da minha vida. A banda na sua melhor fase. Tudo soava ainda tão amador, mas nem por isso o espetáculo deixava de ser grandioso. Mais de duas horas de show, Joelma usando até seis figurinos por noite, botas de salto altíssimos, cabelo jogado freneticamente para todos os lados e um rebolado espontâneo, mas que cuidava para não ser vulgar. Definitivamente, a Calypso teve muito mais representatividade na minha adolescência que qualquer boy ou girl band. Desculpe-me, Britney Spears.
Esse gosto me acompanhou até a universidade. O toque do meu celular era uma música da banda, assim como o meu wallpaper. E a cara dos intelectuais (ou intelectualóides) em relação à minha baixa-cultura? Não ligava para isso à época e muito menos hoje.
É bem verdade que ouço bem menos o Calypso que naquela época, mas é normal. Agreguei outros artistas e valores à minha cultura musical, porém mantenho muito bem guardados todos os CDs e DVDs que comprei da banda aos quais recorro vez ou outra.
Diferente de uma série de outros artistas populares, eles nunca se renderam aos modismos, nem mesmo àqueles que surgiram em seu estado natal. Desafio alguém a achar uma faixa de tecnobrega na discografia da banda, que conta atualmente com 20 álbuns, entre coletâneas, ao vivos e estúdios.
Da sua salada musical, que misturava calipso, lambada, salsa, merengue, carimbó, siriá, iêiêiê, folk, gypsi, bolero, reggae e outros ritmos, resulta um som peculiar, que nem mesmo as bandas do gênero surgidas à mesma época conseguiam imitar.
Talvez por que, além de vender discos, Joelma e Chimbinha colocassem altas doses preocupações pessoais em seus discos. Em suas canções, festas, encontros, desencontros, romances e até gospel, mas nada do “beber, cair, levantar” que dominava as rádios da época. Em seus figurinos, roupas justas e curtas, mas sem calcinhas à mostra. A justificativa? Seus shows eram para a família, definia Joelma.
Isso tudo conferiu a eles uma certa independência no mercado fonográfico nacional, o qual, aliás, eles suverteram, chegando às paradas de sucesso sem ter nenhuma gravadora por trás. Tudo foi fruto da cabeça da dupla Joelma e Chimbinha, fórmula que seguem até hoje. Ousaria dizer que eles fizeram uma nova revolução na música pop nacional.
É por essa razão que o dia de hoje será ao som de Dançando Calypso, mais conhecido como Cavalo manco. A canção é do primeiro disco da banda, lançado em 1999, e é o maior clássico da sua carreira. Um hino. A versão que compartilho é a do primeiro DVD da banda, lançado em 2004.
1 comentários:
Jock, sempre quebrando meus preconceitos e mostrandos angulos inusitados de um mesmo assunto.
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