No post “Eu GRITEI com minha mãe” eu prometi que também falaria de coisas boas quando postasse textos com a tag “Pessoalidades”, pois bem, hoje vou fazê-lo. Não, eu não conheci o meu príncipe encantado, não arrumei um emprego bacana, não ganhei na loteria e ainda não fui a um show da Madonna, mas tenho me sentido estranhamente feliz há algumas semanas.
Embora eu ache que hoje é um belo estranho dia para se ter alegria, é assim que me sinto e é sobre esse meu estado de espírito que quero discorrer hoje.
Os últimos tempos foram pesados. Houve momentos em que eu nem sei como resisti. Derramei lágrimas à exaustão, esbravejei, bati, desisti, voltei, me apaixonei, me frustrei... No post “Eu tenho medo!?” eu disse que “eu desaprendi a acreditar em algum momento em que o medo me tomou vorazmente”. Agora acho que estou voltando a crer no mundo, nos outros, em mim. “É que eu tô sozinho há tanto tempo que eu me esqueci o que é verdade e o que é mentira em volta de mim”, já disse Cazuza.
Tenho uma amiga que diz que muita felicidade é sinal de muito choro por vir, mas já chorei tanto nos últimos tempos que acredito que comigo as coisas funcionam ao contrário. Eu estou mais aberto aos bons sentimentos, mais disposto a conhecer as pessoas antes de julgá-las e até de tentar retomar antigas relações que apodreceram. Já não olho mais com tanto rancor para aqueles que me magoaram. Eu quero apenas poder olhar o mundo com meus olhos felizes, sem me machucar, sem me perder, sem deixar nada importar.
Estou me libertando de certas amarras, alguns pudores, preconceitos, receios e encarando mais o mundo de peito aberto, cara limpa. Os óculos escuros dos quais não abro mão nunca, agora não são mais para disfarçar minhas expressões, mas apenas para me proteger do sol. Tenho feito mais o que me dá prazer e não dando mais tantos ouvidos à maldade alheia. Eu sinto vontade de dançar e cantar a todo instante e de fazer coisas novas e diferentes.
Não sei ainda se isso significa que estou amadurecendo ou me tornando mais inconseqüente, só sei que me sinto mais forte e livre que nunca. Tenho feito um esforço sobre-humano para isso e aos poucos tenho conseguido. Esse é um dos motivos da minha estranha felicidade.
O outro é que não somos responsáveis apenas por nós, mas pelos que nos cercam. Não devo ser feliz apenas por mim, mas por aqueles que amo e me amam e que se sentem infelizes quando eu o estou. Eles também precisam de mim e eu preciso estar pronto para quando eles precisarem. Não falo que viverei em função dos outros ou me colocarei em segundo plano, mas tenho grandes amigos que precisam que eu enxugue as suas lágrimas nesse momento e não o contrário.
O choro deles me faz sentir mal, mas não sou mais tão suscetível quanto antes. Acontece que felicidade é algo recíproco. Se eu estiver feliz, meus amigos também estarão e se eles estiverem felizes, eu também estarei, por isso tenho que ajudá-los hoje para que eles possam me ajudar amanhã.
Talvez seja egoísmo meu, mas o fato é que me sinto sim feliz e quero viver isso em sua plenitude.
4 comentários:
Outro dia eu estava falando com o Caesar (http://caesarmoura.blogspot.com/2010/08/bom.html#comments)sobre a questão da escolha. Você não pode escolher e nem interferir o que as pessoas pensam de vc, o máximo que vc pode e DEVE é decidir o que vc vai deixar que te atinja.
Parece demagogo, mas escolher ser feliz é o primeiro passo para efetivamente ser feliz. É um processo de amadurecimento sim, não é ser inconsequente, mas é saber que a única pessoa no mundo de quem vc não pode tirar férias é vc mesmo, então aprender a conviver em sua própria companhia é fundamental. Beijo!
Lilah, sempre sábia em seus comentários. Acho que vou compilar todos e publicar no blog. rs
É assim que estou disposto a me sentir feliz e dessa vez não vou parar no meio do caminho como das outras vezes.
Bjo
Olá! Primeira vez que passo por aqui, mas achei bem interessante a forma com se expressa e sente as coisas. Estava me sentindo assim como você devido a alguns acontecimentos da minha vida e percebi que na verdade nós somos a nossa melhor companhia e não é para utilizar como um discurso, mas quando a gente aprende a lidar com o nosso eu verdadeiro a gente fica naturalmente feliz, estando com alguém por perto ou não. Abs! Visitarei mais vezes.
Bill, que bom tê-lo aqui. Fico feliz que tenhas gostado. Críticas e sugestões serão sempre benvindas.
Aproveite os sentimentos, as oportunidades e as sensações sem medo. Com certeza te sentirás bem mais livre e feliz.
Abraços,
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