Madonna. Só ao pronunciar esta palavra eu me sinto ainda mais poderoso. Mesmo como narrador essa palavra mexe com meu ego de forma inexplicável. Foi mal, Angie Jolie, Catherine, a Grande; Madonna é a mulher mais poderosa que já andou sobre a face da terra. E hoje ela completa 52 anos cheia de vitalidade e talento para oferecer à sua legião de fãs mundo afora.
Ela (re)definiu muitos dos conceitos que temos hoje sobre cultura pop e todas que vieram após ela fizeram apenas mais do mesmo. O seu legado transcende a sua música. Madonna, por meio das suas canções, compostas por si ou não, ensinou preciosas lições às mulheres e conseqüentemente a todos os grupos sociais segregados, como os gays, por exemplo. Suas músicas falam sobre poder, liberdade, independência, força, igualdade, inclusão.
Porque sim, Madonna não é só showbizz: desde a década de 1980 ela vem dizendo que mulheres são capazes de qualquer coisa, sim. E o mais importante é que toda a mensagem de Madge nada tem a ver com feminismo. Pelo contrário, é de poder. Mulheres podem aquilo que quiserem. Não há nada de errado em ser a figura sexual, nem a figura materna. Como não há problema em ser ambas, se assim quiserem.
Muito mais que a música, Madonna usou de ideologias que deixaram de se repetir. Falou metaforicamente sobre o sexo antes do casamento em "Like a virgin", deu espaço à cultura latina com "La isla bonita", causou polêmica ao se envolver com um garoto mais jovem ao dar o polêmico selinho no clipe de "Open your heart", falou da liberdade sexual feminina em "Express yourself", criticou a igreja católica em "Like a prayer", fez confissões ao mundo com a bela "Oh father", apresentou ao mundo uma cultura nova, a dança "voguing" com o clipe de "Vogue", lutou contra o puritanismo norte americano criando a era “Erotica”, abriu espaço para a cultura marginalizada dos subúrbios norte-americanos em "Secret", foi experimental e esotérica no álbum “Ray of light”, criticou o governo político norte-americano em um dos momentos mais tensos dos EUA em “American life” e se jogou nas pistas de dança européias com o “Confessions on a dance floor”.
Madonna está muito além das batidas pop que se ouve em seus álbuns (que, aliás, foram mote perfeito para artistas como Kylie Minogue, e cópias como Britney Spears e por que não citar também Lady Gaga, formarem seu conhecimento musical).
Madonna lança álbuns que procuram ser distintos do anterior, sempre com uma nova temática e com sucessos diferentes, com novas abordagens, por isso ela está sempre no topo, porque sabe se reinventar, sendo sempre atual, estando sempre no mesmo ritmo que o mundo, mesmo quando está à frente dele. Mesmo que os áureos tempos já tenham passado, alguém já viu um show de Madonna em um estádio não lotar?
Madonna tem tanta consciência de si e de seu trabalho que ironizou a si mesmo em “Human nature” ao falar das críticas que lhe faziam à época. Tudo sempre com muito pop, sucesso e arte, inclusive, lançando moda (cabelos, roupas, cor de cabelo e por aí a dentro - como na polêmica turnê Blond Ambition Tour).
Hoje, completando 52 anos, Madonna continua mostrando que ainda tem muito o que dizer, colocando o Malawi no mapa ao adotar uma criança do país africano, construindo escolas e instituições.
Mil vivas à loura-mor da música internacional. Mil salves à rainha do pop. Vida longa à messalina azteca. Feliz aniversário, MADONNA.
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